segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Síntese da apresentação oral sobre o livro “Oliver Twist”



          Abandonado quando era ainda muito pequeno, Oliver Twist é forçado a viver em uma casa de correcção para meninos que tinham como senhor absoluto o terrível Sr. Bumble, que aldrabava os rapazes para ficar com a comida deles. Desesperado, embora determinado, Oliver consegue fugir para as ruas de Londres. Sem dinheiro e completamente sozinho, ele é sequestrado para o mundo do crime pelo sinistro Fagin, cabeça de um grupo de ladrões. Envolvido por um bando de patifes e ladrões, é preso por um crime que não cometeu. A vida do rapaz muda quando conhece o Sr. Bownlow, o alvo do roubo, este dá-lhe comida, roupas, abrigo e afeto juntamente com a governanta, mas é novamente raptado pelo grupo de ladrões que o acolhera, que estavam com medo que os denunciasse ao Sr. Bownlow. Estes ladrões tentaram impregnar o espírito de roubo, sem sucesso. Como tentativa desperada de impregnar esse espírito ao rapaz, montam um esquema de assalto sem ele saber. Na casa em que vão assaltar, o papel de Oliver é entrar por uma janela pequena e abrir a porta para os ladrões, mas este decide tentar avisar alguém do assalto e esbarra, acidentalmente com os donos da casa, que disparam nele, sem saberem que se tratava de uma criança. Com os tiros Oliver foge da casa com os ladrões, mas estes deixam-no para trás acabando por ficar ao acolhimento da família que vivia na casa do assalto durante algum tempo. Mas sempre na esperança de voltar a ver Sr. Bownlow, decide contar a sua história a Sr. Rosa e esta, por sua vez, conta a Sr. Losberne, o médico que cuidou de Oliver, e este faz de tudo para encontrar os benfeitores do pobre rapaz. Encontrando o Sr. Bownlow, este faz de tudo para encontrar as origens do rapaz e acaba por descobrir que Oliver é irmão de um filho de um falecido amigo, e que este estava a tentar acabar com a vida de seu irmão devido a uma herança deixada por seu pai que não queria partilhá-la.



            Oliver era um rapaz pequeno que tinha cerca de dez anos. É um rapaz carinhoso, muito simpático e educado, e lutador. Achei importante dar esta pequena caracterização porque algumas destas características são surpreendentes tendo em conta a vida do rapaz.



            Nesta história podemos tirar ideia de que nunca devemos desistir. Refiro-me não só a Oliver, que encontrou muitas dificuldades mas lutou sempre por uma vida melhor, como também ao Sr.Browlow, que nunca desistiu de encontrar as origens de Oliver acabando mesmo por conseguir.



            Este livro apesar de ser um clássico, é também um manifesto contra o trabalho e a exploração infantil. Verifica-se no livro que o autor está contra estas ideias, mostrando uma preocupação por Oliver ao longo da história.

           

            Fiz uma pequena pesquisa sobre o autor, Charles Dickens. Não encontrei nada em particular, ele foi um dos mais populares escritores ingleses, contribuindo em grande parte para a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa. Este foi dos seus maiores clássicos.

            Decidi fazer esta pesquisa porque gostei da forma que o autor contou a história. Ele não contava de uma maneira muito especial, mas notou-se que teve gosto em escrever a história, precupava-se verdadeiramente com as personagens. Por exmplo:

“(…) E, agora, este que escreve estas linhas lamenta chegar ao termo da sua tarefa e desejaria continuar ainda o fio desta história. Gostaria de deter-me junto de algumas destas personagens, no meio das quais vivi tanto tempo e de partilhar a sua felicidade, descrevendo-a…”



Eu gostei do livro, acho que é uma boa história

Mark Alexandre Vaz nº16 11ºD


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Resumo do livro "O Leitor", de Bernard Scklink


O livro começa na Alemanha, ainda no período pós-guerra.
Fala sobre um jovem (Michael), de apenas quinze anos, que sofria de uma doença. Houve um dia, no seu regresso para casa, após a aula, começa a ter dores, devido à sua doença, e é ajudado por uma mulher de 36 anos, está mulher é Hanna, que o ajuda a chegar até casa.
A doença de Micheal entretanto piora e fica muito doente e impossibilitado de sair de casa por algum tempo, mas assim que se vê bem novamente, vê-se na obrigação de ir agradecer a ajuda que a mulher prestou.
Michael consegue saber onde a senhora vivia e vai até ao seu apartamento, levando flores para agradecer. Mais tarde quando voltou para visitar Hanna e ele chega no momento em que ela estava a trocar de roupa e Michael não conseguia olhar para outra coisa se não para a mulher, mas esta entretanto vê-o e ele com vergonha e com medo que ela se zangasse fugiu.
 Passado algum tempo, Michael lutando contra a timidez e a vergonha  vai até lá para pedir desculpa pela sua reacção, mas devido uma série de eventos ele fica todo sujo e a Hanna oferece a sua banheira para ele se lavar mas ao fim de algum tempo eles os dois acabam juntos, na cama. Após este acontecimento começa a criar-se uma rotina entre estes dois, Hanna pede ao Michael para ler em voz alta e de seguida fazem amor, por vezes tomando banho juntos.
O romance cresce durante o verão.
Ao ser promovida no seu trabalho, vê-se obrigada a ir trabalhar no escritório, e Hanna resolve ir embora sem avisar nada a Michael, que sofre muito com sua partida.
Os anos passam, Michael é agora um estudante aplicado do curso de direito, e alguns alunos inscrevem-se para acompanhar o julgamento de ex oficiais da SS, pela morte de prisioneiras judias.
No julgamento, atento às coisas que estavam acontecendo Michael fica surpreendido ao ver Hanna sentada no banco dos réus(banco dos culpados), sendo julgada por ter sido guarda em Auschvwitz e mais tarde noutro campo de concentração.
Durante um ataque as prisioneiras estavam fechadas dentro de uma igreja que devido a uma bomba começa e pegar fogo e Hanna assina uma confissão que confessa que não tentou salvar as prisioneiras e é condenada à prisão perpetua, assumindo uma culpa que não era sua só para que não descobrissem que ela era analfabeta. Mais tarde veio a saber que o documento onde assinou a sua culpa não era destinado para si, mas como era analfabeta fingiu que leu e assinou.


Curiosidades: Filme inspirado no romance de Bernhard Scklink que tem o mesmo nome, teve 5 nomeações aos Óscares 2009 - melhor livro adaptado, melhor fotografia, melhor director, melhor filme e melhor actriz, onde Kate Winslett, acabou ganhando o prémio.

Jorge Favinha nº16

"O rapaz do pijama ás riscas"

Um rapaz de oito anos, Bruno, é o protegido filho de um agente nazi cuja promoção leva a família a sair da sua confortável casa em Berlim para uma despovoada região onde Bruno não encontra nada para fazer nem ninguém com quem brincar. Esmagado pelo aborrecimento e traído pela curiosidade, Bruno ignora os constantes avisos da mãe para não explorar o jardim, por detrás da casa, e dirige-se à quinta que viu ali perto. Nesse local, Bruno conhece Shmuel, um rapaz da sua idade que vive numa realidade paralela, do outro lado da vedação de arame farpado. O encontro de Bruno com este rapaz de pijama às riscas vai arrancá-lo da sua inocência e resultar no despontar da sua consciência sobre o mundo adulto que o rodeia. Os repetidos e secretos encontros com Shmuel desaguam numa amizade com consequências inesperadas e devastadoras.

Apresentacão oral

História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar

Luis Sepúlveda  nasceu a 4 de Outubro de 1949, ou seja fez este mês 62 anos.  Nasceu no Chile, que fica na América latina, mas vive em Gijon, em Espanha. Além de  romancista, também é realizador, guionista (escreve para o cinema) jornalista e foi activista político  no Chile.
Em 1969, com 19/20 anos venceu o “Prémio Casa das Américas” pelo seu primeiro livro Crónicas de Pedro Nadie.
O autor tornou-se conhecido com o romance: O velho que lia Romances de Amor.
Este livro de que vou falar: História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar, foi escrito em 1996.
O título, não é propriamente uma caixinha de surpresas, por isso a história é mesmo esta: a História dum gato que ensina uma gaivota a voar. O que nos podemos perguntar é como é que isso é possível e porquê.
O livro está dividido em 2 partes. A primeira tem 9 capítulos e a 2ª tem 11.
A primeira parte termina com a morte da Gaivota mãe, que com as suas últimas forças conseguiu pôr um ovo tendo pedido a um gato que cuidasse dele e que ensinasse a filha a voar. A segunda parte é a historio do gato e do nascimento e educação da gaivota filha.
O livro começa por falar da história da gaivota mãe, que morre por causa dos homens, pois a gaivota morre por ter ficado com o seu corpo cheio de petróleo.
Depois é-nos apresentado o gato, que era um gato vadio, mas foi adoptado por um humano, que o salvou dum pelicano (o pelicano pensava que o gato era uma rã). O gato chama-se Zorbas.
Com isto vemos que os humanos são nos mostrados pelo autor como sendo capazes do pior e do melhor.
Uma das partes mais importantes do livro é o final da primeira parte, altura em que a gaivota, com enormes dificuldades em voar devido ao petróleo aterra na varanda do gato, põe o ovo e pede ao Zorbas, que lhe prometa 3 coisas: Não comer o ovo, tomar bem conta dele até que nasça e ensinar a pequena gaivota a voar.
Como podemos calcular, esta é uma promessa difícil de cumprir para qualquer gato, pois pela sua natureza os gatos não sabem voar e adoram caçar pássaros. É talvez esta situação que torna a história tão interessante .E isto pode cativar os leitores a quererem descobrir como um animal que não voa ensina uma gaivota a voar.
Na segunda parte do livro, verificamos que o gato cumpre as 3 promessas. Protege o ovo e depois o recém-nascido, (doutros gatos e ratazanas) e consegue ensinar a gaivota a voar, apesar de para isso ter recorrido à ajuda dum humano, coisa proibida pelo código dos gatos, mas que nesta situação abriram uma excepção, tendo decidido escolher o humano com todo o cuidado, uma vez que os humanos reagem mal ao desconhecido. Assim, foram eliminando hipótese e acabaram por escolher um poeta dono duma linda gata e que escreve coisas tristes e alegres que lê em voz alta e que suscitam o desejo de continuar a ouvir.
Podemos ficar a pensar porque é que o autor fez com que os gatos confiassem num poeta. Na minha opinião autor escolhe um poeta pois eles têm uma mente aberta e a poesia é uma maneira de levar os leitores a voar.
O livro termina com o Zorba, o poeta e a gaivota num terraço. A gaivota voa. Pode-se dizer que estava na sua natureza, só precisava de espaço e incentivo. Zorba fica a vê-la desaparecer no céu.
                                                                                                                           Filipe Esteves nº9 11ºD

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Porquê Touradas?

O titulo que eu escolhi foi sobre as criticas que têm surgido sobre as touradas ao longo destes últimos anos, mas porquê a tourada?
Existem muitos argumentos a favor das touradas e algumas delas são: tudo o que é tradição merece ser preservado, a tourada é tradição, logo, a tourada merece ser preservada. Se não fossem as Touradas e os seus adeptos, a raça dos Touros Bravos já estava extinta. Quem não gosta ou não concorda, não veja. Quem é contra as Touradas devia preocupar-se com outras coisas que também são feitas, nomeadamente o abandono de cães. Quem diz que é contra as touradas é hipócrita porque muitas vezes maltrata os cães e outros animais. O touro praticamente não sofre com o que lhe é feito na arena. Os Touros nascem para serem lidados, são animais agressivos por natureza. Se quem gosta, respeita a opinião de quem não gosta, porque é que quem é contra não respeita a opinião contrária? A arte de tourear é tão bonita que seria uma pena perdê-la. As Touradas enaltecem a nobreza do Touro.
Depois deste argumentos válidos porquê quererem acabar com as touradas? Se é para salvar os touros, então estão enganados pois se acabarem com as touradas, acabam com a raça dos touros, pois os touros são criados muito bem, são bem alimentados, têm uma vida de luxo que até algumas pessoas não o têm, para depois subirem para a arena. Se acabarem com as touradas os touros já nem criados são.
Por isso a minha pergunta, Porquê as touradas? Se depois disto tudo se percebe a importância das touradas.







                                                                                                         Afonso Limão Nº 2

Síntese da Apresentação Oral

Nome do Livro: O Velho e o Mar

Autor: Ernest Hemingway


Na minha opinião o autor, divide este livro em duas ideias distintas.

A primeira passa-se enquanto o pescador (Santiago) travava uma luta com o espadarte que tentava pescar, ia reflectindo sobre a dignidade dos Homens e dos Animais, pelo que esta parte se torna um pouco monótona.

A segunda ideia que o autor tenta passar para os leitores é a ideia de persistência e de luta. O autor tenta mostrar que é preciso lutar pelos nossos objectivos bem como para ultrapassar as dificuldades.

A essência da história é a luta constante do homem contra a natureza (neste caso entre o pescador, e o espadarte), pondo em causa a sua sobrevivência, com destaque para a importância não só da experiência, mas também da sorte e da perseverança. Esta obra “obriga” os leitores a reflectir sobre as dificuldades por que muitas pessoas passam para subsistir e a necessidade de sermos persistentes para atingir os nossos objectivos, bem como na “força” que o homem tem para superar as contrariedades da vida.

“Um homem pode ser destruído, mas não derrotado”, Ernest Hemingway


Bernardo Santos, Nº7, 11ºD

domingo, 9 de outubro de 2011

Enquanto olhava para esta página em branco, e me obrigava a mim proprio a escrever, muitas ideias me passavam pela cabeça. Surgiu a ideia da preguiça, a ideia do sofrimento, a ideia de nao conseguir concretizar algo; a impotência, até que ouvi o meu pai a comentar a desgraça em que Portugal se encontrava, e de quem era a culpa. Alguns segundos depois ocorreu-me o pensamento de argumentar na defesa de Portugal quer do ponto de vista dos valores históricos quer do ponto de vista dos valores nacionais. Constato que hoje em dia Portugal se encontra numa crise, economica, politica e moral e as pessoas parecem desiludidas com o seu país.

Na minha perspectiva Portugal é um pais pequeno em tamanho mas de uma enorme dimensao em memorias e valores. Portugal foi um país que nasceu num seculo remoto onde a miseria e a injustiça abundavam mas os valores e coragem prevaleciam. A história descreve-nos um corajoso lusitano que se chamava Viriato e que se opunha ao poderoso exército romano com bravura e determinação.
Por vezes é comentado quão mau Portugal é e quão mau este se encontra; as poucas oportunidades que este oferece, até mesmo são postas em causa inclusive a sua política. As pessoas falam mas não realizam… lamentam-se mas não sugerem alternativas, destroem mas não criam algo de novo, e se o problema fosse das pessoas? E não do país enquanto estado? E se as pessoas fossem como Viriato, precisassem apenas de um “empurrãozinho” para atingir os seus projectos?

Portugal, e os nossos valores são construídos pelos portugueses e pela sua determinação, e tal como Viriato alcançou com valentia os seus objectivos, as pessoas também necessitam de o fazer para ultrapassar os maus momentos da sua vida. De facto Portugal encontra-se em “maus lençóis” desde a sua economia até às poucas oportunidades de trabalho passando pela sua política que falha frequentemente. Um exemplo claro desta situação é o da Madeira no qual o Sr. João Alberto Jardim tem passado impune ao longo dos anos. Mas como tudo no mundo e na vida não é linear nem “cor-de-rosa” é importante interiorizarmos que é necessário trabalhar
e lutar para alcançar os nossos objectivos. Será que falta de dinheiro está só relacionada com a má gestão do estado, ou com as pessoas em geral, que não se controlam e vivem acima das suas possibilidades? Podemos considerar que a falta de oportunidades de trabalho, é da responsabilidade do estado? Ou será que as pessoas em Portugal são preconceituosas, e desvalorizam trabalhos considerados “menores” (como por exemplo trabalhar nas obras, ardinas, pescadores, agricultores, empregados fabris etc.)? Tais perguntas têm de ser colocadas para ajuizar e avaliar esta realidade de modo a não sermos esmagados pelo sentimento de derrota.

No outro dia ouvia o meu avô a comentar sobre Portugal, como era bonito, como poderia ser fácil, e existirem oportunidades de trabalho quer no seu tempo quer no tempo actual. Portugal é um grande país, mas como todos os outros tem os seus maus momentos, por isso na minha opinião as pessoas tem que deixar de se abater, deixar de fazer maus juízos, e têm de “ser como Viriato”, pois um país com tantas memórias e valores, vale a pena lutar e opor-se a esta crise, a este “exército romano”.

Afonso Soares 11ºD

Ainda o Acordo Ortográfico

Eu ia, de fato, com um fato. Passei-lhe a mão pelo pelo. Fiz um pato de não agressão com o meu pato. Consegue gostar destas frases? Pois, acredito que não. Está como eu, então. No entanto, é a isto que nos sujeita este novo Acordo Ortográfico, um acto neo-colonial, em que o mais forte (o Brasil) determina a sua vontade ao mais fraco (Portugal). Nem sei se a isto se pode chamar acordo, tendo em conta que um acordo exige sempre reciprocidade e, neste caso, foi Portugal que cedeu à vontade brasileira. É a primeira vez na História que uma ex-colónia impõe uma revisão linguística ao país matriz. Já imaginou os Estados Unidos a ditarem à Inglaterra as regras ortográficas da língua inglesa? Ou a Venezuela as do espanhol a Espanha? Ridículo. Não consultaram os profissionais que trabalham diariamente com a nossa língua: escritores, jornalistas e professores. Nem em Portugal nem no Brasil. Ninguém foi ouvido. Por trás deste acordo, estão escondidos meros interesses políticos e económicos. Querem pôr-nos a escrever como os brasileiros, para que seja facilitada a sua penetração e influência nos países de expressão portuguesa. Não aceito. Recuso-me a ver a minha língua como coisa velha e descartável.
Confesso-me a favor de um referendo nacional. Julgo ser esta uma questão de interesse nacional que deve ser discutida dentro de fronteiras. Alterarem a nossa forma de escrever sem nos consultarem é um atentado à nossa identidade, através de um processo que é tudo menos democrático.
Porque este é um acordo feito ao nível da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), será importante referir que os países africanos falantes da língua portuguesa podem vir a rejeitar estas novas regras linguísticas que não lhes fazem sentido nem ao ouvido, nem à escrita. Em jeito de exemplo, em Angola, apenas dez por cento da população fala bem o português, o resto não fala. Com este acordo, esta percentagem diminuirá certamente.
Dizem que a língua portuguesa sempre evoluiu ao longo da História deste país. Verdade. Vem-me agora à memória a palavra “farmácia” que nem há um século atrás se escrevia “pharmácia”. No entanto, não é, de maneira nenhuma, um argumento válido. A língua portuguesa sempre evoluiu, mas nunca desta forma tão repentina, violenta e não democrática. Dizem que irá facilitar a penetração da literatura portuguesa no Brasil mas esqueceram-se de ouvir os autores portugueses. A literatura portuguesa no Brasil está bem e recomenda-se. Só por exemplo, Fernando Pessoa é o poeta mais vendido no Brasil, ultrapassando poetas brasileiros como Vinicius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade. Dizem que nós, os portugueses, temos que nos sujeitar ao português do Brasil, porque eles do lado de lá são cerca de cento e noventa milhões e nós somos apenas dez milhões. Quanto a este facto, tenho a dizer que a contagem das cabeças pouco ou nada interessa. A diferença de escala não importa, a verdade é que, com este acordo, o português de Portugal fica sob a alçada do português do Brasil.
Nas palavras de Bernardo Soares, “a minha pátria é a língua portuguesa”. Os portugueses são a sua língua, a língua portuguesa como sempre a escrevemos e falámos e não aquela que nos querem impor. Sem a nossa língua, os portugueses não são portugueses, são outra coisa qualquer. A língua portuguesa de Camões, Pessoa e Saramago, não a de Vinicius, Buarque e Jobim.
Acordo não, obrigado. Não queremos e, sobretudo, não precisamos.

J. Aragão

sábado, 8 de outubro de 2011


Começo a escrever este texto mas ainda sem um tema, encontro-me perdido no meu pensamento à procura de ideias ainda sem qualquer noção do que hei-de escrever. Depois de muitas voltas ao meu cérebro apercebo-me que para escrever um texto não é um tema banal, não é qualquer coisa que nos lembramos, para mim um texto argumentativo não é sobre algo que vejo na rua, não é sobre algo que presenciei mas sim sobre aquilo que me vai no coração. O meu coração está preenchido apenas por uma coisa, o futebol. Desde os 7 anos que pratico este desporto repleto de alegrias. Sinto-me obrigado a falar sobre isto pois é algo que não me sai da cabeça. Ainda sem perspectiva certa do que queria fazer quando fosse grande sabia que tinha de ser algo relacionado com o futebol.

O futebol é algo esplêndido é a única coisa no mundo que prende todos os dias milhões de pessoas à televisão. É aquilo que nos traz alegrias e desilusões mas acima de tudo mantém-se nos nossos corações. Não é por mais que lhe chamam o desporto “Rei” pois é realmente um desporto que prende as pessoas. Não há ninguém que se sinta indiferente em relação ao futebol, todos temos o nosso clube, nem que seja o clube onde o nosso filho pratica o tão venerado desporto.

O futebol foi algo que nasceu comigo, as minhas primeiras fotos foram com uma bola ao colo, a minha primeira palavra foi bola e o meu primeiro presente que me lembro foi o equipamento do Sporting. É verdade, o meu verdadeiro clube, aquele clube que apoio quer ganha ou perca. Posso não ir aos estádios, posso não ver todos os jogos, mas uma coisa é certa, não me sai do coração. Esta paixão por um clube dividiu-se quando comecei a jogar futebol num clube.

Esta paixão que me invadiu desde pequeno tem-me acompanhado ao longo dos meus anos e ajudou-me com um problema crónico que me foi diagnosticado aos 4 anos. A asma, um problema que me poderia limitar muitas escolhas na vida, ainda me lembro da cara da minha mãe quando a médica lhe contou isso. Três anos mais tarde ao entrar para o futebol as crises foram diminuindo. Parecia que estava a criar defesas contra o meu próprio problema.

Parece que realmente o futebol trouxe-me imensas alegrias. E é por isso que mesmo não seja a minha profissão não quero deixar de praticá-lo. É uma óptima forma de relaxar e passar um bom tempo com os amigos, por muito que me esteja a divertir sempre levei o futebol a sério, a minha determinação levou-me a outro nível e nunca deixarei de dar o meu melhor para poder evoluir.
Sempre entrei com tudo para ganhar e é isso que me vai levar longe.

‎''The minute you start talking about what you’re
going to do if you lose, you have lost.''

Henrique Olim Cardoso

Apresentações Orais de 1º Período - Calendarização


10 de Outubro:
Bárbara  Tão Longe de Sítio Nenhum, de Ursula K. Le Guin
Bernardo Rodrigues – As Aventuras de Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle
Bernardo Santos – O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway
12 de Outubro:
Filipe – História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar, de Luis Sepúlveda
Afonso Limão – O Rapaz do Pijama às Riscas, de John Boyne
Jorge Favinha – O Leitor, de Bernhard Schlink
17 de Outubro:
Afonso Soares – Cão como Nós, de Manuel Alegre
Vasco Soares – Contos Exemplares, de Sophia de Mello Breyner Andresen
Mark – Oliver Twist, de Charles Dickens
26 de Outubro:
Tiago – Aparição, de Vergílio Ferreira
Inês – Sem Destino, de Imre Kertész
Sebastião – O Cavaleiro Inexistente, de Italo Calvino
2 de Novembro:
Ricardo – O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
Afonso Pedroso – O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde
João Grilo – Se Isto é um Homem, de Primo Levi
7 de Novembro:
Rita – A Metamorfose, de Franz Kafka
Filipe Elvas – Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
9 de Novembro:
Catarina – O Bosque dos Pigmeus, de Isabel Allende
João Aragão – A Paixão do Jovem Werther, de Goethe
Afonso Bento – Servidão Humana, de Somerset Maugham
14 de Novembro:
Henrique – D. Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes
Pedro Tomé – Madame Bovary, de Gustave Flaubert

Eutanásia


 A eutanásia, tem sido um assunto discutido um pouco por todo o mundo, devido à grande divergência de ideias quanto ao tema, pois, enquanto  que o Estado tem,  como princípio a protecção da vida dos seus cidadãos, existem aqueles que sendo pacientes incuráveis, pretendem abreviar as suas vidas de maneira controlada e assistida por um especialista.

Na minha opinião, a eutanásia deveria ser permitida, desde que com uma avaliação psicológica prévia por parte de um especialista ao doente, pois os doentes nessa situação, encontram-se incapazes de decidirem por si próprios, ou estão num estado de desespero que não lhe permite tomar uma decisão em plena consciência

Do ponto de vista religioso a eutanásia é vista como uma usurpação do direito à vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao “Criador”, ou seja, só Ele pode tirar a vida de alguém, mas será correcto fazer uma pessoa sofrer às portas da morte, apenas para conceder o direito de usurpação da sua vida ao “Criador”- uma entidade julgada por superior.

A eutanásia não apoia nem defende a morte em si, apenas faz uma reflexão de uma morte mais suave e menos dolorosa que algumas pessoas optam por ter, em vez de terem uma morte lenta e cheia de sofrimento.

A escolha pela morte, não poderá ser irreflectida. As componentes biológicas, sociais, culturais, económicas e psíquicas têm que ser avaliadas, contextualizadas e pensadas, de forma a assegurar a verdadeira autonomia do indivíduo que, alheio de influências exteriores à sua vontade.

A meu ver, as pessoas começam a abrir as suas mentes e começam a perceber que caso se encontrem numa situação de doença terminal acompanhada de sofrimento também poderiam desejar antecipar as suas mortes, prova disso é o facto de a Holanda e Bélgica agiram em cadeia: a primeira legalizou a eutanásia em Abril de 2002 e a segunda, em Setembro do mesmo ano. Na Suécia, é autorizada a assistência médica ao suicídio. Na Suíça, país que tolera a eutanásia, um médico pode administrar uma dose letal de um medicamento a um doente terminal que queira morrer, mas é o próprio paciente quem deve tomá-la.

O caso de Ramón Sampedro foi amplamente divulgado na televisão, e ficou-me sem dúvida na memória, fazendo-me reflectir

A repercussão do caso foi mundial, tendo sido destacada na imprensa como morte assistida.

A amiga de Ramón Sampedro foi incriminada pela polícia como sendo a responsável pelo homicídio. Um movimento internacional de pessoas enviou cartas "confessando o mesmo crime". A justiça, alegando impossibilidade de levantar todas as evidências, acabou por  arquivar o processo.

Conclui-se a partir destes pressupostos que em certos casos a eutanásia é melhor solução quendo tudo deixa de valer a pena e apenas um corpo inerte e em sofrimento, vegeta, sem qualquer esperança de recuperação, sem o mínimo de dignidade, sem aquilo que consideramos  o verdadeiro sentido da palavra VIDA.

Texto Argumentativo


Futebol Profissional:

Desporto ou Negócio

 Eu quero falar sobre este tema porque eu acho que é um exagero o dinheiro que se gasta no futebol profissional só para eles correrem atrás da bola neste momento de crise mundial. Após lerem este texto irão percebem que eu acho que o futebol profissional de hoje em dia é mais um negócio de que um desporto e acho que quem gosta deste desporto como eu, devia pensar sobre este assunto. Durante o texto irei falar sobre três pontos em específico.
 No primeiro ponto vou falar sobre o valor das transferências e os salários que os jogadores profissionais recebem.
Quem vê notícias de futebol repara que os valores das transferências dos jogadores e os salários que eles recebem são enormes. Olhemos, agora para um exemplo óbvio desta situação, o Cristiano Ronaldo. O Real Madrid pagou 94 milhões de euros por um simples ser humano que joga muito bem futebol e ele recebe um salário anual de 12 milhões de euros, ou seja, 1 milhão por mês para correr e dar toques numa bola durante uma 1h 30min. O que este jogador recebe num mês, muitas pessoas não recebem durante uma vida inteira de trabalho. Mas este não é o jogador mais bem pago do mundo, esse recebe 20 milhões de euros e chama-se Samuel Eto'o e joga na Rússia num clube modesto chamado Anzhi que mais de metade dos portugueses não conhecem.
No segundo ponto, vou falar sobre a venda de clubes a pessoas bilionárias, como o caso do Chelsea ao russo Roman Abramovich, ou mais recente, o Manchester City, Málaga e o Paris Saint-Germain aos Xeques das Arábias. Estas pessoas, não têm nada a ver com os clubes, compram-nos e gastam milhões de euros em contratações de jogadores e tornam ainda mais o futebol profissional num negócio.
Eu só vou falar do Manchester City, pois este diz tudo. Este clube, desde que tem o novo dono já gastou 585,8 milhões de euros em contratações de jogadores em 4 anos, o que dá uma média de 146,45 milhões de euros por ano.

Para acabar, eu vou falar sobre os jogadores que preferiram jogar no clube que eles amam como os casos do Eusébio no Benfica e do Pelé no Santos. Actualmente isso é algo raro, pois os jogadores jogam nas equipas que pagarem melhor e eu só me recorde de dois jogadores que jogarem num clube em toda a carreira por ser o seu clube do coração, o Francesco Totti da AS Roma e o John Terry do Chelsea.
Estes jogadores sempre preferiam jogar nos seus clubes do coração mesmo terem propostas doutros clubes onde iriam ter melhores condições salariais.

Concluindo, eu quero deixar uma pergunta para todos os amantes do futebol: Será que preciso gastar tanto dinheiro num desporto só para ganhar títulos? Eu acho que não.


Filipe Elvas nº10 11ºD

Texto Argumentativo - Liberdade


Neste texto argumentativo vou falar sobre um tema desde há muito tempo discutido, onde foram criadas inúmeras teorias, cada uma com a sua forma de pensar e com os seus seguidores – a liberdade.
Entre todas elas reconhecem-se especialmente 3:
·         Determinismo
·         Teoria libertista
·         Compatibilismo
O determinismo é uma teoria que afirma que, sob o efeito da mesma cadeia causal, há apenas um curso de acção possível, ou seja, que não temos possibilidade de escolha, pois tudo o que fazemos foi previamente determinado por causas anteriores, ou seja não existe livre arbítrio. Na minha maneira de ver, esta teoria não é correcta, pois apesar de existirem coisas que foram determinadas, nem todas elas assim o foram.
Se tudo fosse determinado não existiria responsabilidade moral ou seja, seríamosmeras peças de xadrez no tabuleiro da mãe natureza”.
Acredito que as pessoas que defendem esta teoria são os primeiros a quererem punir as crianças que mentem ou as pessoas que roubam, o que não seria correcto visto as pessoas terem sido determinadas a fazer aquilo.
Mas como sabemos, todos nós já experimentámos o livre-arbítrio. Por exemplo, quando tenho tempo livre eu posso escolher se vou jogar, ouvir música, sair ou praticar algum desporto, entre outras. Ou seja, não sou determinado a fazer uma destas coisas, tenho a liberdade de entre todas as opções fazer a que mais me agradar no momento.
Este exemplo demonstra que nem tudo é determinado, porém, existem coisas que o são, como demonstrarei ao falar da teoria libertista.
Esta teoria diz que somos inteiramente livres.
É corrente definir acto livre como acto não condicionado por causas, ou seja, ter livre-arbítrio é ter possibilidade de escolher entre diferentes cursos de acção, apesar das causas que sobre o agente actuam.
Por isso mesmo na minha opinião também não somos inteiramente livres, pois há coisas que nos foram determinadas e que não pudemos mudar, como a cor dos olhos e o local onde nascemos. Por outro lado eu também não posso voar nem ir daqui ao México em 30 segundos nem mesmo ser imune a doenças, então posso dizer que a liberdade é limitada por condicionantes físicas e mentais.
Por último existe o compatibilismo. Esta teoria é basicamente a tentativa de unir a teoria libertista com o determinismo. Para mim é algo um tanto ou quanto absurdo pois tratam-se de 2 teorias nada a ver uma com a outra, pois são exactamente o seu contrário. Ou seja, pela lógica, pensar que numa situação temos só um curso possível e ao mesmo tempo termos vários cursos possíveis é impossível, pois as afirmações não são compatíveis.
Devido a todos estes problemas impostos em cada teoria, para mim, nós somos moderadamente livres, ou seja somos livres dependendo das condicionantes. Pode-se portanto dizer que eu aceito a teoria “libertismo moderado”, que por acaso é também uma das teorias existentes, ou seja nada de inovador. Esperar algo inovador seria algo também estranho de se fazer, pois tantos anos de perguntas e tentativas de resposta por parte de filósofos, seria improvável que refutasse todas as teorias e de repente tivesse uma que respeitasse todas as probabilidades.
A minha conclusão é portanto que nós somos moderadamente livres, ou seja somos livres, mas somos também condicionados física e mentalmente por diversos factores.


Ricardo Pereira nº18 11ºD

Texto Argumentativo



Uniões

Tudo começa com uma palavra ou um gesto que provocam uma longa conversa e um longo sorriso. Nasce de um conhecimento superficial e vai crescendo através da troca de ideias, favores, desabafos e necessidades. Ou não!

A Amizade não é feita por etapas nem medida por uma escala. Não tem que necessariamente surgir entre as pessoas que estejam perto de nós e que falam connosco todos os dias. Aliás, muitos de nós consideramos nossos amigos aqueles que na realidade apenas são nossos vizinhos e conhecidos, que nos despertam interesse e conforto, mas não o verdadeiro amor e confiança. A este tipo de relação chama-se amizade de conhecidos. Ainda se distingue a solidariedade colectiva como a amizade que existe entre pessoas que estão do nosso lado e que partilham connosco as mesmas ideias. Esta existe, por exemplo, na guerra ou até mesmo nos locais da paz, as igrejas. Todos se chamam amigos e companheiros, mas na verdade estas relações não passam de uma ligação colectiva e comum. Estas pessoas, na maioria das vezes, nem falam sobre os seus problemas mais íntimos. Continuamente, as relações de posição baseiam-se apenas, tal como o nome indica, na posição social. Passa-se no mundo dos negócios e da política. Ligações como estas duram o tempo que for preciso até satisfazermos uma ou mais necessidades.

Mas será que falar destes três conceitos como significados de amizade é um exercício lógico e prático? Eu penso que não. Amizade verdadeira e saudável é aquela que, pura e simplesmente, surge por acaso. É quando não estamos à espera daquele momento ou daquele contacto com determinada pessoa. Acontece. É possível considerarmos amigo aquela pessoa que se cruza connosco de vez em quando, que nos fala em certos momentos e que nem sempre nos abraça. O que distingue esta relação das outras todas, tendo assim o privilégio de ser considerada a verdadeira amizade, é o sentimento que provoca dentro de nós. É o desejar ter a sua presença, o sentirmo-nos à vontade para falar de tudo, a falta de egoísmo e a pura preocupação, assim como a ligação forte existente. Até nalguns casos, as pessoas ao encontrarem-se pela primeira vez, sentem uma ligação forte do passado como se antes já se tivessem conhecido. Não se trata de uma solidariedade colectiva, mas sim de algo comum que aparenta ter existido e que continua a existir. É uma forte ligação que não deve ser confundida com uma atracção amorosa mas sim levada como um privilégio de nos termos cruzado com alguém que nos faz sentir tão felizes, e não só. Que tem a capacidade natural de nos fazer sentir nós próprios e de partilhar connosco uma simpatia, um interesse único e uma afinidade.

Tal como Francesco Alberoni escreveu no seu livro: “A Amizade começa como um acto sem continuidade, um salto”. Ou seja, por mais que nós lutemos para encontrar a pessoa que idealizamos ser a nossa amiga ou tentar buscar esse mérito em alguém, não adianta de nada porque a verdadeira amizade surge sem avisar, sem esforço e vive da sucessão de encontros das pessoas em causa. Portanto, é uma relação afectiva que apenas aparece e sobrevive das atitudes dos que estão envolvidos. O “salto” é uma forma ideal de ver a Amizade. Retrata a influência positiva que esta tem para a vida de um ser humano.

Ora, nem toda a gente fala da Amizade de uma forma tão positiva e gratificante como esta. Daqui surge um problema do nosso quotidiano. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, outras consideram a Amizade um anacronismo. Tomam-na como uma herança do passado e uma fonte de angústia que vai perdendo importância ao longo dos anos, acabando assim por desaparecer para dar lugar a relações impessoais e objectivas. É considerada ainda um meio para se passar à frente dos outros e para iludir a lei. Vejamos os serviços sociais como exemplo. Este sistema deve fazer as suas prestações não aos recomendados, os “amigos”, mas sim a todos. Seguindo esta lógica, qualquer sistema como este que se basear na Amizade é considerado parcial, negativo e injusto porque apenas atribui importância ao privilégio, recomendação e critérios particularistas. É desta forma que certos indivíduos classificam a Amizade desde o passado até aos dias de hoje. E sim chamo-os a todos estes que pensam desta forma, uns indivíduos.

É verdade que o conceito de Amizade tem perdido valor com o desenvolver da Humanidade. Todos nós sabemos que existem três obstáculos a esta relação afectiva: o mundo dos negócios completamente dominado pelo mercado e interesses económicos de cada um de nós; o mundo da política no que diz respeito à competição pelo poder e o próprio quotidiano pois, com o passar do tempo, o ser humano vai ganhando novos interesses, novas necessidades e múltiplos encontros. No entanto, a Amizade é uma componente essencial da nossa vida. Considero até que ela, em certos casos, poderá se tornar uma necessidade prioritária do homem. O que seria de nós solitários neste Mundo? Sem nenhum apoio, sem ninguém para desabafar, trocar ideias, partilhar experiências e vivências ou simplesmente para comunicar? A resposta é simples…seríamos ninguém. Melhor dizendo, seríamos uns “indivíduos” tais como todos aqueles que defendem que a amizade é inútil e injusta. Esta relação afectiva recebe esta ridícula classificação se nós agirmos como tal. Tudo depende das nossas atitudes e valores, das nossas crenças e conhecimentos, da nossa personalidade e feitio e até dos nossos sonhos. A Amizade foi, é e sempre será condicionada pelo pensamento do ser humano. E se alguém nos perguntar se ela ainda existe no mundo contemporâneo nós iremos afirmar a sua existência e reconhecer a sua sobrevivência perante tudo o que lhe advém. No entanto, todos nós formamos uma união. Todos nós formamos uma Amizade.

Rita Alexandra Matos Nº19 11ºD

Estado-providência ou sociedade-providência?

  É esta a questão que me tem causado inúmeras insónias já há cerca de quatro meses, e para a qual tenho desenvolvido várias teorias, embora algumas não concluídas, por falta de argumentos e por isso mesmo vencidas pela maldita sonolência.

 Como é fácil imaginar, não encontrei muitas dificuldades na decisão do tema que devia abordar, pois bastou-me “passar uma noite em branco”.

 Neste texto, escrevo sobre o problema, numa ótica nacional e numa perspectiva político-económica, começando por apresentar o conceito geral de Estado-providência:

 “Estado-providência, é um tipo de organização política e económica que coloca o Estado como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e económica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com o país em questão. Cabe ao Estado do bem-estar social garantir serviços públicos e proteção à população.”

 É em momentos de crise como este que temos a oportunidade de corrigir os defeitos que existem nos sistemas, sejam eles judiciais, políticos, da saúde, económicos, etc..., porque quando a ultrapassarmos e estivermos mais descansados, raramente vamos reparar no que está mal, visto que funciona bem, e não temos deste modo a oportunidade de evitar uma futura crise. É por essa mesma razão que penso que esta não seja a altura ideal para evoluir, mas sim para corrigir.

 Já há algum tempo que andamos a praticar a “religião” que escolhemos de uma forma menos acertada. Culpa da população (em parte) e dos dirigentes políticos. Penso que andamos com as ideias trocadas sobre o que é o nosso sistema. Por um lado porque os pregadores não têm praticado verdadeira doutrina, mas também porque os ouvintes preferem ocupar o seu tempo a assistir a programas televisivos bizarros que tendem a afastar os telespectadores da realidade, do que a estar informados, e quando digo informados, não é simplesmente olhar para as notícias e ver os telejornais, é saber o que está por dentro deles, envolvendo desta forma uma obrigatoriedade de pesquisa no sentido se adquirir conhecimentos que permitam entender o que antes só ouviam.
 Deparamo-nos com o dilema: Que parte deste Estado-providência é que a nossa sociedade, em geral, tem beneficiado?
 Só vejo uma resposta, a Sociedade-providência. Esta é sem dúvida a única razão pela qual ainda ninguém se opôs seriamente ao nosso sistema e a razão pela qual não nos afundámos. Quero com isto dizer que foi este Estado-providência que originou que a comunidade portuguesa tomasse uma mentalidade de entreajuda, a qual nos tem sustentado. Mas não seria mais fácil inserir na sociedade simplesmente a mentalidade por outros meios e deixando de parte o socialismo? É aqui que a meu ver, se insere uma nova forma governação. Uma junção do capitalismo com uma diferente perspectiva do socialismo. Desta forma, damos as condições necessárias para os mais necessitados se inserirem na sociedade e no mercado de trabalho em vez de lhes depositarmos na sua conta x euros ao fim de cada mês. Tal como o célebre provérbio chinês diz, “Não lhe dês o peixe, mas ensina-o a pescar”.

 Nos últimos anos, infelizmente, temos andado a distribuir demasiadas sardinhas, e poucas canas de pesca/ formações de forma a que pudessem pescar caranguejos reais.

 Até porque, esta forma de governação que defendo, vai ao encontro de todos os interesses. Numa perspetiva socialista, deve-se transferir parte das remunerações dos mais abastados para os mais necessitados, o que resulta numa oposição por parte dos mais abastados visto que parte do seu trabalho vai para indivíduos, que na sua maioria, preferem ficar sem trabalhar mas com algum dinheiro, do que a trabalhar com o mesmo, ou por veze, até menos dinheiro. Isto é normal, são os instintos dos seres humanos, são os nossos interesses pessoais. Logo, como é óbvio não podemos defender um sistema que vá ao encontro do que de pior há dentro de nós. Portanto, se em vez de, por exemplo, entregarmos um subsídio de desemprego, dermos condições para se proceder à qualificação/ formação dos desempregados, não só estamos a cortar nas despesas e a desenvolver a nossa economia, como também favorecemos os dois lados, de onde sai o dinheiro, visto que terá de pagar menos impostos como também os seus empregados estarão mais qualificados, e as pessoas que beneficiam destas oportunidades ganham mais auto-estima por verem que são úteis na sociedade.

Pedro Tomé Nº17 11ºD