tag:blogger.com,1999:blog-6909432572797173838.post6556976773605651213..comments2023-07-08T10:40:41.273+01:00Comments on Economia 2012-13 ESQM: A Garantia do voto universal é suficiente para podermos dizer que vivemos em Democracia?Economia 2010-11 ESQMhttp://www.blogger.com/profile/02859746556190341064noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-6909432572797173838.post-45963712502387275202012-11-06T17:21:16.615+00:002012-11-06T17:21:16.615+00:00Relativamente a Viriato:
Se a alma que sente e fa...Relativamente a Viriato: <br />Se a alma que sente e faz conhece<br />Só porque lembra o que esqueceu,<br />Vivemos, raça, porque houvesse<br />Memória em nós do instinto teu.<br /><br />Nação porque reencarnaste,<br />Povo porque ressuscitou<br />Ou tu, ou o de que eras a haste —<br />Assim se Portugal formou.<br /><br />Teu ser é como aquela fria<br />Luz que precede a madrugada,<br />E é ja o ir a haver o dia<br />Na antemanhã, confuso nada<br /><br />Análise :<br />1ª Estrofe : A nação portuguesa representa, a memória colectiva do instinto de identidade e independência de Viriato;<br />2ª Estrofe : O espírito de Viriato continua presente na nossa memória coletiva, é como se a sua alma continuasse ligada a nós ( daí a ideia de reencarnação– uma alma ligada a diversos corpos; ) <br />A memória de Viriato vai ressuscitar porque após o domínio romano, Portugal volta a ser independente, tal como era quando Viriato era vivo. Portugal tinha a sua própria liberdade; A haste como o mastro da bandeira onde Portugal se volta de novo a apoiar; <br />3ª Estrofe : Viriato é comparado à antemanhã de Portugal, que é um período quando começa a despontar uma luz muito fina. Ou seja, Viriato permite antever algo que se vai concretizar, o facto de Portugal não ficar sob o domínio de nenhum império, ser um país só por si;<br />O mito da antemanhã serve-nos como ideia para um Portugal que ainda se está a construir;<br />O último verso “ Confuso, nada” significa que este é um mito que se irá projectar. <br />Relação entre Viriato da Mensagem e Viriato de Camões – Neste caso, tanto nos Lusíadas como na Mensagem, Viriato é considerado um herói de grande importância ( pois foi primeiro herói da nacionalidade portuguesa ) e sobre o qual todos devemos ter um enorme orgulho; Viriato é considerado um dos mais belos símbolos de qualidade exemplar : indomável, espírito de independência, heroicidade estóica ( sacrífico total pelas liberdades pátrias );<br />Nos Lusíadas : Viriato é tido como um herói que ao contrário de Pirro foi morto à traição. O que mostra a falta de dignidade dos romanos, daí a relutância de Camões em relação aos heróis clássicos ( visto que os romanos tbm foram consideradorados heróis assim como Ulisses );<br />Na Mensagem : Viriato é também um herói que todos devemos recordar pela sua grandiosidade; <br />Neste caso não existe uma diferença daquilo que é dito, mas uma actualização, reforçando a ideia da grandiosidade deste herói português.<br />Viriato na mensagem : Foi um dos heróis que nos deixaram nos genes a capacidade de sonhar e a vontade de lutar que nos permitirão ir mais longe, cumprindo o nosso destino. <br />Viriato continua presente nas nossas almas, visto que este representa um impulso para a acção dos homens do futuro, inspirando-os na busca do que falta cumprir.<br />Este herói deixamo-nos presente a ideia de que a verdadeira força propulsora da vida não é a inteligência, mas a reminiscência ( memória ), visto que este era um pastor humildes e que mostrou que as capacidades individuais não dependem do estrato social nem das habilitações académicas; Ou seja, que a verdadeira grandeza está na alma; <br />Viriato representa a imagem de liberdade, visto que até este ter sido morto pelos romanos Portugal continuava livre do império romano. Contudo com a morte deste, Portugal teve de se submeter ao império romano.<br />Viriato é um dos heróis que nos identifica ( a nós portugueses ), pois tal como outros heróis que vão nomeados, Viriato representa a ideia de resistência aos invasores, logo representa a nossa nacionalidade. <br /><br /><br />Economia 2010-11 ESQMhttps://www.blogger.com/profile/02859746556190341064noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6909432572797173838.post-7859338865887225772012-11-06T17:16:03.146+00:002012-11-06T17:16:03.146+00:00Relação entre Ulisses da Mensagem e Ulisses de Cam...Relação entre Ulisses da Mensagem e Ulisses de Camões – Apesar da nomeação de ulisses, no meu ponto de vista ser secundária, existe um enorme simbolismo na eleição deste herói, e a nomeação deste herói tanto num caso como noutro não é feita ao acaso. <br />Para Camões, Ulisses era apenas hábil e eloquente no discurso, e não era propriamente um herói. Tanto que, ao longo dos Lusíadas podemos verificar que Camões desvaloriza os deuses clássicos ao invés da valorizar os navegadores, e podemos ver isto por exemplo: na estrofe 86 do canto V em que existe uma interrogação que diz “Crês tu que Eneias e Ulisses se aventuraram tanto no mundo como nós?”<br />Para Pessoa, Ulisses é considerado um herói supremo, o herói que construiu toda a realidade ( visto que é do mito que surge a realidade <br /> O mito na mensagem : Na minha opinião, Fernando Pessoa com este poema queria mostrar que o mito é mais importante do que a realidade, visto que o mito permanecerá nos espírito das pessoas, enquanto que a realidade vai mudando ao longo dos tempos. E que os mitos fazem com que os heróis consigam alcançar a imortalidade. O mito permite que o herói alcance a sua imortalidade ( visto que será sempre lembrado );<br />E este desejo de alcançar a imortalidade também podemos ver que está presente em Camões, na parte em que este reflecte acerca de ter medo de ser esquecido e não ser devidamente reconhecido, mas também na ilha dos amores, em que os heróis são compensados e permite transportar o valor das suas acções para a dimensão do eterno; <br />Ulisses poderá assim representar a vocação marítima dos portugueses já que é do mar que chega este antepassado mítico dos portugueses. <br />A ideia da viagem em Ulisses é central, visto que Ulisses tal como cristo sacrifica-se pelo seu povo. Ou seja, apesar de ter estado longo de Ítaca ( onde este era rei ) o seu objectivo foi sempre voltar às suas origens, passando os obstáculos que fossem precisos passar.<br />Não é a existência real de Ulisses mas aquilo que ele representa que importa; ou seja que o futuro glorioso de Portugal só poderá concretizar-se através da vivência do mito e da energia criadora que ele liberta. <br />O mito permite-nos sonhar e distanciarmos da realidade que não é a que nós gostaríamos ( pois para Pessoa Portugal encontrava-se numa situação de decadência ). E o sonho para Pessoa tem uma importância fulcral, visto que é aquilo que dá vida ao homem: sem ele a vida não tem sentido e limita-se à mediocridade;<br /><br />Os mitos e a importância destes já foram fruto de investigação por parte de diversos psicólogos. E um deles, chega mesmo a afirmar que o mito funciona tal como um sonho, visto que os mitos são uma expressão simbólica dos sentimentos e atitudes inconscientes de um povo, e de uma forma análoga ao que são os sonhos na vida do indivíduo. Ou seja, os mitos exprimem os desejos comuns de uma sociedade e os sonhos os desejos dos indivíduos. <br />Economia 2010-11 ESQMhttps://www.blogger.com/profile/02859746556190341064noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6909432572797173838.post-78305542773106356602012-11-06T17:15:37.789+00:002012-11-06T17:15:37.789+00:00Análise dos poemas
( Aqui está um resumo da minha...Análise dos poemas <br />( Aqui está um resumo da minha apresentação, daí este resumo não conter os aspetos da estrutura externa da Mensagem )<br /><br />Ulisses :<br />O mito é o nada que é tudo.<br />O mesmo sol que abre os céus<br />É um mytho brilhante e mudo —-<br />O corpo morto de Deus,<br />Vivo e desnudo.<br /><br />Este, que aqui aportou,<br />Foi por não ser existindo.<br />Sem existir nos bastou.<br />Por não ter vindo foi vindo<br />E nos criou.<br /><br />Assim a lenda se escorre<br />A entrar na realidade,<br />E a fecundá-la decorre.<br />Em baixo, a vida, metade<br />De nada, morre.<br /><br />1ª Estrofe : Apesar de não se saber se é verdadeiro ou não, o mito é uma crença da sociedade e que permite que esta se desenvolva. ( É o nada – não tem fundamento, a existência de provas , que é tudo – permite o desenvolvimento da sociedade ); Assim este poema começa com um paradoxo, no 1º verso em que o poeta diz “é o nada que é tudo” enunciando o tema que irá abordar : o mito.<br />No 2º verso somos confrontados com o “sol” que simboliza o próprio cristo que é considerado também este um mito para o poeta. Neste verso vê-mos que cristo tem o corpo morto, o que pode representar a ressurreição ( ou seja, tem simplesmente o corpo morto, mas pode ter um domínio espiritual ).E no último verso deste poema podemos ver que tem o corpo vivo e desnudo que representa a crucificação de cristo; o mito é brilhante e mudo pois é o que cristo representa para o crente e que varia de pessoa para pessoa. <br />A ideia de da cruz cristo, neste poema é fundamental visto que este tal como outras personagens que vão sendo abordadas ao longo dos poemas sacrificou-se pela sociedade. O que demonstra de certa forma, o futuro de bondade que se verificará no próximo império. <br />2ª Estrofe O mito é o que permite desenvolver uma sociedade, sem que tenhamos a certeza da existência da personagem mitificada . <br />Assim, Ulisses, foi o herói mitológico que fundou lisboa ( contudo, a referência a este é meramente instrumental ), sendo sobre a verdadeira essência do mito que somos confrontados neste poema . <br />3ª Estrofe A terceira estrofe é assim a conclusão do poema, em que Fernando Pessoa ressalta mais uma vez a ideia de que o mito é mais importante que a própria vida. E podemos constatar isto pois Fernando pessoa diz que a própria vida nasce do mito, e que o mito é algo imortal e a vida não. É como se o mundo fosse uma casa em que a fundação são os mitos e a construção do resto da casa é a sociedade, e que a sociedade sem esta fundação não existe; Ou seja, antes da existência de qualquer homem real, vem o mito, daí este ser o 1º poema antes de se falar das pessoas que tiveram mesmo uma existência real.<br />Economia 2010-11 ESQMhttps://www.blogger.com/profile/02859746556190341064noreply@blogger.com