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sábado, 17 de novembro de 2012

Apresentação Oral - "Mensagem"

D. Sebastião











 

"Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.


Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?



Trata-se de um poema da primeira parte – o Brasão.

Nesta primeira parte da obra aborda-se a origem, e a fundação de Portugal enquanto império. 

O título D. Sebastião remete-nos para um momento importante da nação assumindo D. Sebastião um papel importante na tomada de decisão de avançar para a conquista de África.


O poema poderá dividir-se em duas partes: a primeira correspondendo à primeira estrofe e a segunda parte à segunda estrofe. 
Na primeira o sujeito poético faz uma auto-caracterização como “louco”; na segunda faz uma apologia da loucura, um elogio, apelando a que outros dêem continuidade ao seu sonho.

Na primeira estrofe o sujeito lírico encontra a base da loucura na grandeza (o sonho) que o sujeito lírico assume com orgulho. Em consequência dessa loucura, o herói encontrou a morte em Alcácer Quibir.
Apesar disto a loucura tem neste poema uma conotação positiva, já que se liga ao desejo de grandeza, à capacidade realizadora, sem a qual o homem não passa de um animal. Veja-se ainda na primeira estrofe a referência ao ser histórico “ ser que houve”, que ficou na batalha de Alcácer Quibir, onde encontrou a destruição física, e a distinção deste com o ser mítico “ não o que há”, que sobreviveu pois é imortal. Este perdura na memória colectiva como exemplo.

Na segunda parte, o sujeito poético lança um desafio aos destinatários, fazendo um apelo à loucura e à valorização do sonho. Deve portanto dar-se asas à loucura como força motora da acção. Trata-se de um apelo de alcance nacional e universal. Este mesmo elogio será repetido várias vezes ao longo da obra. O desafio permite aos destinatários considerarem a grandeza do rei suficiente para todos. Sem ideal cai-se no viver materialista. A interrogação retórica com que termina o poema aponta precisamente para a loucura como força criativa que poderá ser canalizada para a reconstrução nacional. Sem o sonho, “a loucura”, o homem não se distingue do animal. É a través do sonho que o homem é capaz de seguir em frente sem temer a própria morte. Assim o homem deixará de ser um animal sadio ou reprodutor com a morte adivinhada.

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Nun'Álvares Pereira


"Que auréola te cerca?
É a espada que, volteando,
Faz que o ar alto perca
Seu azul negro e brando.

Mas que espada é que, erguida,
Faz esse halo no céu?
É Excalibur, a ungida,
Que o Rei Artur te deu.

Esperança consumada,
S. Portugal em ser,
Ergue a luz da tua espada
Para a estrada se ver!"


No poema Fernando Pessoa refere uma auréola. A auréola que cerca Nuno Álvares Pereira é, ao mesmo tempo, uma auréola de santidade (do guerreiro tornado monge) e uma auréola de combate (“é a espada (…) volteando”). Quer ele dizer que a santidade que ele alcançou, foi a custo também dos seus actos de guerreiro, pois é a sua espada que desenha o círculo por cima da sua cabeça, destacando-o – santo – do comum dos homens.

Conhecendo-se a origem da auréola que cerca Nuno Álvares Pereira - a espada - na segunda estrofe, Pessoa fala-nos sobre essa mesma espada. Diz-nos que a espada “que, erguida / Faz esse halo no céu” não é uma espada qualquer, não é a espada de um comum cavaleiro,mas “é Excalibur, a ungida”, a espada do “Rei Artur”.

Pessoa pede a Nuno Alves Pereira, nos dois últimos versos, que erga a luz da sua espada “para a estrada se ver”, para sabermos que caminho seguir no futuro.

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Bernardo Santos, Nº6, 12ºD


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Os Lusíadas - Canto IX - Estrofes 75-84


Os Lusíadas – Canto IX – Estrofes 75 a 84

A estrofe 75 começa com a referência a Lionardo sendo feita uma caracterização de um soldado bem disposto, manhoso e namorado o qual tivera muitos desgosto de Amor. Embora Lionardo presumi-se  que a má sorte no que diz respeito ao “Amor” iria persistir  para o resto da sua vida ele não perdia a esperança de esta situação vir a mudar. Chegando então à Ilha dos Amores são avistadas ninfas a correrem, uma das quais Lionardo pede para que esperasse por ele. A ninfa submetendo-se ao pedido de Lionardo, pára, e fala com este sobre a má sorte de Lionardo em matéria de “Amor”.  Passado mais algum tempo e mais alguma troca de palavras, a ninfa “se deixa aos pés do vencedor, que todo se desfaz em puro amor.”; ou seja tinha aqui acabado esta má sorte que havia perseguido Lionardo durante toda a sua vida. Por último, na estrofe 84, celebra-se um contrato nupcial, o casamento, entre as ninfas e os seus “amados navegantes” e com bastante ouro e flores abundantes à mistura seguido das palavras formais e estipulantes que delibram “eterna companhia, em vida e morte, de honra e alegria”.


Bernardo Santos, Nº6 12ºD

Democracia


“A garantia do voto universal é suficiente para podermos dizer que vivemos em Democracia”

Se tivermos em consideração a definição de Democracia – “regime governamental em que o poder de tomar importantes decisões políticas cabe as cidadãos, directa ou indirectamente  por meio de eleições, de forma a eleger um representante do povo.”, podemos talvez cair na tentação de dizer que de facto vivemos em Democracia. Porém, a Democracia não se resume a uma simples definição, na medida em que este é um conceito originário da Grécia Antiga onde se proclamava a noção de uma comunidade política na qual todas as pessoas têm o direito de participar e intervir nos processos políticos, ou de debater e decidir políticas, juntamente com a acepção de que todos os direitos são universalizados a partir dos princípios da liberdade de expressão e dignidade humana.
Hoje em dia sabemos que, apesar de vivermos num país considerado democratizado, nem sempre a ideia de “democracia” está integralmente presente, sobretudo quando  nos referimos ao voto universal – “direito ao voto, a todos os indivíduos com mais de 18 anos”.
Nos dias que correm, o grande problema da Democracia é a forma perversa como se condiciona o voto universal, voto este que é secreto. Mas esse secretismo do voto vai contra a liberdade de expressão enunciada na definição de Democracia e tanto quanto é possível imaginar, se realmente vivêssemos numa sociedade dita “democratizada” então o acto de votar poderia até ser feito de “braço no ar” e sem qualquer tipo de repreensão por parte da sociedade.

Bernardo Santos, Nº6 12ºD

Episódio Fernão Veloso


Episódio Fernão Veloso

Neste episódio, Fernão Veloso juntamente com o resto da tripulação portuguesa desembarcam ao largo de uma terra pertencente ao continente Africano. Após explorarem durante alguns minutos a zona em que se encontravam, avistam um homem negro, o qual é levado até Vasco da Gama.

Vasco da Gama, na presença do indivíduo negro decide mostrar uma série de objetos de algum valor, sobre os quais o indivíduo não mostra qualquer interesse. Perante a atitude do individuo negro, Vasco da Gama ordena que este seja libertado para que volte para junto da sua tribo.

Já no dia seguinte, o mesmo indivíduo volta a cruzar-se com os portugueses, desta vez trazendo consigo outros indivíduos da sua tribo. Fernão Veloso, numa atitude corajosa decidiu ir com eles para ver onde e como viviam. Após uns minutos, Fernão Veloso apercebe-se de que está a ser alvo duma emboscada e foge novamente para a nau, no entanto, é capturado por um individuo negro.

Ao verem Fernão Veloso ser atacado, tomam a iniciativa de contra-atacar e começar a disparar na direção aos negros. Por fim, os portugueses voltam a embarcar para dar continuidade à sua expedição marítima com Fernão Veloso a ter uma atitude de “convencido” ao dizer que não estava a fugir, mas sim a voltar para trás para alertar a tripulação da emboscada de que eles estavam a ser vítimas.

Bernardo Santos, Nº6 12ºD