Os poemas que eu apresentei faziam ambos parte da 2ª parte de "A mensagem" de Fernando Pessoa que lhe deu o título de "Mar Português"
O primeiro poema foi o "Epitáfio de Bartolomeu Dias". Este poema representa uma espécie de reconhecimento de mérito a Bartolomeu Dias que foi o primeiro europeu a dobrar o cabo das tormentas. Este poema é bastante importante pois simboliza o momento em que todos deixaram de ter medo do outro lado do cabo, onde se pensava ser o fim do mundo. Existe uma referência a Atlas, que é um titã que carrega o mundo no seu ombro na forma de um globo.
O Segundo poema foi o "Os colombos". Este poema tem um título irónico que evoca a disputa entre Portugal e Espanha em volta da figura do navegador Cristóvão Colombo. O poema não se refere apenas a Cristóvão Colombo, mas a todos os navegadores estrangeiros. Cristóvão Colombo foi o descobridor da América ao serviço dos Reis de Espanha, daí submerge o conflito entre Portugal e Espanha, pois este deveria ter descoberto a América ao serviço de Portugal se D. João II não o tivesse recusado. Este poema não se refere apenas a Cristóvão, mas a todos os navegadores estrangeiros, denominados de colombos, cuja glória é apenas um reflexo dos portugueses. Existe um exagero quanto ao nacionalismo neste poema pois o poeta diz que os navegadores estrangeiros apenas terão aquilo que Portugal não quis.
Henrique Olim Cardoso Nº11 12ºD
Alunos do 12ºD, da Escola Secundária Quinta do Marquês, em Oeiras,no ano lectivo de 2012-13
domingo, 9 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
“O dos
Castelos”
Este poema, insere-se na obra Mensagem, na primeira parte,
que simboliz o nascimento do novo império, que seria espiritual e cultural. O
título “O dos Castelos” refere os sete castelos que passaram a defender
Portugal a Leste e a Sul após a conquista aos Mouros levada a cabo por Rei D.
Afonso Henriques III. Nos Lusíadas os heróis são valorizados pelos seus feitos
bélicos, enquanto na Mensagem o tema é a valorização de Portugal como
predestinado para uma missão salvífica de restaurar a grandeza Europeia.
Aqui em “O dos Castelos”, Portugal surge como o rosto da
Europa, à semelhança dos Lusíadas, quando Vasco da Gama refere Portugal como
sendo a cabeça da Europa.
Assim tanto nos Lusíadas como na Mensagem, Portugal é
predestinado para grandes feitos. Desta forma, Fernando Pessoa como Luís de
Camões partilha uma prespectiva idêntica em relação a Portugal.
“O das
Quinas”
Neste poema,
pressente-se também um certo sofrimento patriótico tal como nos Lusíadas no
episódio da “ Partida das Naus”, onde se compara glória com desgraça.
Também o Velho Restelo critica aqueles que vão á procura da
fama e da glória, e em troca trazem desgraça, o que acaba por ser uma das
consequências negativistas da expansão.
Pessoa refere também, que tem de existir moderação na
ambição “ Baste a quem baste o quel lhe baste”/ter é tardar”. O facto de
referir os deuses “Os deuses vendem quando dão” aponta a vertente espiritual da
Mensagem que levará á mitificação. Também nos Lusíadas há referência aos deuses
“No consílio de Deuses no Olimpo” e à espiritualidade através do maravilhoso
cristão, quando Vasco da Gama agradece aos deuses
Concluindo:
·
Em todos os poemas “O dos Castelos”, “O das
Quinas” e “OS lusíadas”, existe uma valorização do povo português e do seu
espírito.
·
Tanto Fernando Pessoa como Luís de Camões
partilham a ideia de que Portugal foi incumbido de uma missão salvífica. Nos
Lusíadas Portugal expande a Fé Cristã, na Mensagem Portugal irá dar origem a um
império espiritual e cultural – “Quinto Império”
Episódio de Leonardo. Valor simbólico de “Os Casamentos”
Quanto cerimónia dos
casamento explicitados na estrofe 84, é visível nos mais pequenos pormenores,
elementos que contribuem para a festa de casamento, tais como: “as flores os
ornam de copelas deleitosas” “as mãos alvas lhe davam como esposas”
Logo esta cerimónia sublima o amor que une as ninfas e os
marinheiros, equivalendo á purificadora ascensão do espírito através do corpo.
È um casamento que vai transformar os nautas em semi-seuses, conferindo-lhes a
imortalidade como recompensa de amor que dedicaram á pátria.
Logo o casamento leva a sublimação do amor e á mitificação
do herói colectivo, onde se individualiza alguns, tais como Leonardo.
Será que o voto universal pode garantir que vivemos em democracia?
A questão é curiosa levando a
reflectir sobre o significado da palavra Democracia. Esta significa liberdade,
no entanto ela não é garantida a partir de um “voto universal”.
O que resta à Democracia? Morrer?
Lutar pelos seus ideais?
Um estado verdadeiramente
democrático é regido por leis que conferem aos cidadãos que o habitam,
garantias de viverem em plena liberdade social de expressão, logo usufruindo de
bens e direitos inerentes a todos os cidadãos. A liberdade deve ser conquistada
por qualquer povo, dado que ela leva inevitavelmente à democracia, ao respeito
do indivíduo como ser humano e social. Por isso, muitas vezes com a ambição dos
governos, esta palavra é adulterada e serve os direitos do poder em detrimento
do serviço prestado aos cidadãos. É neste contexto que nem sempre o “voto
universal” é uma garantia de democracia, porque embora sejam tomadas medidas
consideradas imutáveis, muitas vezes elas são alteradas servindo outros interesses
que não a proteção dos cidadãos. Estes, ao votarem, exprimem as suas
expectativas, os desejos de mudança que acabam muitas vezes por serem
“enganados”, não significando a vivência num verdadeiro estado democrático.
A votação universal leva a uma
coesão de valores que na realidade não são respeitados e a vontade colectiva é
substituída por uma vontade individual.
Vasco Soares Nº23 12ºD
Análise das estrofes 26 a 36 do canto V
Estrofe 26: A tripulação portuguesa desembarca numa praia espaçosa, Vasco da Gama olhou para o sol para ver a sua altura.
Estrofe 27: pela altura do sol Vasco da Gama concluiu que se encontravam entre o trópico de capricórnio e o círculo Polar antártico. Vasco da Gama repara que a sua tripulação está a rodear um nativo de pele preta.
Estrofe 28: Os Portugueses não se entendem em termos linguísticos com o nativo e nem a mostrarem ouro, prata e especiarias o nativo se moveu.
Estrofe 29: Ao mostrarem peças de menor valor como um barrete vermelho (cor contente), o nativo caminhou para a povoação que se encontrava perto do local.
Estrofe 30: No dia seguinte os nativos vieram em busca de mais materiais dos oferecidos pelos portugueses. Os nativos estavam mais comunicativos e menos selvagens, o que levou Fernão Veloso a aventurar se com os nativos pelo mato.
Estrofe 31: Fernão Veloso é descrito como arrogante e confiante, e julgou que ia seguro, mas passado um tempo regressou apressado para o mar a dentro.
Estrofe 32: Um nativo atirou-se a Fernão Veloso que não tinha ninguém que o ajudasse. Vasco da Gama foi em seu auxílio.
Estrofe 33: Os nativos estavam a ferir os Portugueses com golpes de setas e pedradas, pelo que os portugueses ripostaram.
Estrofe 34: Estando Fernão Veloso salvo, os portuguese regressaram ao mar, e pela recepção concluíram que ainda se encontravam longe da India.
Estrofe 35: Um diálogo entre Fernão Veloso e outro marinheiro a gracejar sobre a situação pela qual tinham passado.
Estrofe 36: Fernão Veloso conta que quando passou o monte os nativos obrigaram os Portugueses a irem embora sob penas de os matarem e roubarem.
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