quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Apresentações do 2º Período

A pensar em eventuais presentes de última hora no sapatinho, aqui vos deixo a lista das apresentações do próximo período:

João Aragão - O Príncipe, de N. Maquiavel
Tiago - A Confiança em Si, de Ralph Waldo Emerson
Rita - A Morte em Veneza, de Thomas Mann
Afonso Bento - Ecce Homo, de Friedrich Nietzsche
Henrique - A Paz Perpétua, de Kant
Pedro - O Pintor da Vida Moderna, de Charles Baudelaire
Carolina - A Tempestade, de William Shakespeare
Bernardo Santos - A Vida é Sonho, de Calderon de La Barca
Afonso Pedroso - O Rei Lear, de William Shakespeare
Filipe Elvas - Auto da Alma, de Gil Vicente
Filipe Esteves - Rei Édipo, de Sófocles
João Grilo - Hamlet, de William Shakespeare
Bárbara - A Castro, de António Ferreira
Mark - O Judeu, de Bernardo Santareno
Sebastião - Medeia, de Eurípides
Afonso Soares - Agamémnon, de Ésquilo
Vasco - Euménides, de Ésquilo
Inês - De Profundis, de Oscar Wilde
Jorge - Levantado do Chão, de José Saramago
Afonso Limão - A Morte de Ivan Illitch, de Lev Tolstoi
Bernardo Rodrigues - O Nariz, de Nicolai Gogol
Ricardo - Tempos Difíceis, de Charles Dickens

Boas Festas e Bom Trabalho!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Madame Bovary (Apresentação Oral) - Pedro Tomé

Madame Bovary de Gustave Flaubert é um romance, cuja ação é passada em França, no qual se descreve a vida e relação de duas personagens essenciais, Carlos Bovary, um médico com uma visão do mundo objetiva e definida, mas com falta de sensibilidade emocional e Ema Bovary, uma mulher que procura o lado sentimental, os prazeres e as virtudes da vida.
 São, portanto, pessoas totalmente opostas que estão unidas por diferentes objetivos de vida e que se afastam quando os seus pontos de vista entram em confronto. Madame Bovary sente repulsa de Carlos quando este se tenta aproximar, enchendo-a de inúmeras oferendas, não percebendo que o que Ema realmente deseja é algo que vai para além do concreto e palpável. Esta extrema dedicação por parte de Carlos de forma entediante e com falta de amor leva a que Ema procure outras formas encontrar o seu bem-estar emocional. É aqui que começa a surgir ideia de adultério e os amantes de Ema. Estes aparecem, com cada vez mais frequência e intensidade. Carlos de nada se apercebe porque está ofuscado da realidade, por causa do amor que sente por ela. Todos estes amantes que vão passando por Ema acabam por abandoná-la e deixando-a sozinha com o mundo.
 Estabelece-se aqui um ciclo cada vez mais letal para Madame Bovary, que começa na sua relação com Carlos. Primeiro, o amor de Carlos por Ema não é correspondido o que faz com que esta o rejeite, embora sejam noivos, e por causa disso esta refugia-se e apaixona-se por outros homens que a deixam mais tarde. É isto que leva Ema à morte, intencional, porque não é só um simples ciclo, é um ciclo com aditivos que vai aumentando de forma e agravando as suas consequências até ao dia da morte de Ema.
 Este romance foi escrito por um autor com um sentido de comportamento social muito apurado, o qual foi bastante criticado na época, pelas críticas que faz à moral e à religião, levando-o mesmo a julgamento. Este para se defender de todas as acusações usa a célebre frase “Madame Bovary sou eu”.
  No livro, aborda a religião como algo secundário e ilusório, associando o momento em que Ema está doente durante um longo período de tempo, com o momento que que se converte. Quere com isto transmitir a ideia de que o ser humano só recorre à religião quando sente que o futuro não está nas suas mãos. A verdade é que também não está nas mãos de Deus, mas sim nas mãos das probabilidades e do acaso.
 Como interpretação à frase “Madame Bovary sou eu “, um aspeto que se associa à relação entre ambos os sujeitos é que estes acabam a sua vida numa fase lastimosa, com um desgosto amoroso e sem dinheiro, mas que no entanto iniciaram a sua vida com elevadas expetativas com para com o futuro, embora Madame Bovary tenha ido para além de Carlos quanto ao seu pensamento.
 Este livro é uma pura lição de realismo. Madame Bovary, é uma amente dos sentimentos, o que a desvirtua da realidade. Mais tarde, por estar desfasada da realidade sofre as consequências, não analisa as repercussões dos seus atos e acaba da pior forma.
 Podem-se tirar daqui algumas conclusões. Por exemplo, que o estado amoroso, na medida em que nos tende a afastar da realidade, através de emoções de que somos alvos, quando levado ao extremo pode ser a nossa “morte”, pois deixamos de ter em conta as consequências da realidade, assim como no mundo virtual actual. Temos hoje vários exemplos de jovens adolescentes, que passam toda uma vida “agarrados” ao computador a jogar jogos de guerra e que um dia saem à rua e aniquilam crianças, umas atrás de outras, porque não sabem identificar a “parede” que separa a realidade do virtual.
Cada pessoa tem um lado emocional e um lado intelectual. O autor aproveita-se das personagens Ema e Carlos Bovary, para representar estas duas vertentes. São pessoas desequilibradas, cada um da sua forma. Qualquer pessoa que ponha de parte a emoção ou a intelectualidade vai ficar muito à margem da sociedade.

 Pedro Tomé Nº17 11ºD

Impressões de Viagem - Pedro Tomé


  Uma viagem, visita de estudo para ser mais concreto, diz respeito a todo um culminar de experiências, perceções, aprendizagens, partilhas de emoções e ideias às quais não estamos habituados no que é a nossa vida na sua vertente mais réplica. Tudo isto no sentido em que se afasta dos costumes e repetições aos quais deixamos de atribuir valor porque acabam por ser isso mesmo, réplicas. E afinal, quem optaria por ficar com uma réplica em troca do original?
 Os animais talvez, porque ao contrário de nós vivem cada momento como se fosse o último, já aos racionais, os humanos são lhes atribuídas noções muito desenvolvidas de passado e futuro, o que nos faz dar valor à experiência e à expectativa, deixando de lado o quotidiano e o momentâneo, pois esse irá resultar dessas mesmas vivências passadas e esperanças para com o futuro.
 Gravámos imagens, decorámos frases, comprámos produtos, experimentámos novos aromas e sabores, mas com que fim?
  A minha resposta é a seguinte, com receio de não voltarmos a partilhar tais emoções, em tal lugar, com tais pessoas, em tal tempo. Por vezes temos medo do futuro, mas de certeza que ainda mais do passado, sentimos que estamos a perder tempo de vida e nem nos apercebemos que o que nos espera pode ser mais próspero. Quando somos crianças e mais tarde adolescentes só desejamos o futuro, mas quando lá chegamos só queremos o passado. Talvez haja um ponto de excelência, um momento de equilíbrio temporal que não ofusque a nossa mente para esse tipo de preocupações. No entanto, embora ainda não tenha passado por esse momento, pois ainda estou na ansiedade do que vem depois, não creio que exista, se existisse seria algo muito semelhante à vida animal.
 Uma visita de estudo como esta pode proporcionar contactos com pessoas com diferentes modos de vida, outras formas de pensar e de ver o mundo, de enfrentar os problemas e aproveitar os recursos, o que nos fortalece em vastas áreas. Seja na nossa filosofia de vida, na nossa noção de bom senso e capacidade de crítica ou até na nossa função na sociedade, seja ela como economista, político, médico etc…, porque para se estar integrado numa comunidade é necessário uma boa capacidade de compreender o que a faz “mexer”.

 Pedro Tomé Nº17 11ºD

Corrupção - Pedro Tomé



No último parágrafo que lemos, o que Padre António Vieira quer essencialmente transmitir é a ideia de que os mais fracos, seja no sentido físico mais ligados aos animais seja no sentido mental mais ligado ao homem, são “capturados” pelos mais fortes, e que depois de serem convertidos vêem-se enrolados numa teia de aranha, a qual nunca mais conseguiram abandonar, porque façam o que fizerem, estarão sempre impregnados pelo seu mal, ou seja, serão sempre influenciados de tal modo a que se vejam num beco sem saída.  
 A falta de ética de uns contagia outros, é impossível fugir a isso, os que se tentam afastar são renegados pela sociedade e não conseguem ter uma vida sem problemas, pelo contrário até arranjam mais problemas ao fugirem ao rumo que a vida lhes tenta dar. É tal e qual como uma doença diretamente transmissível, é quase impossível não ser contagiado, para não o ser ou teria de se ser uma pessoa solitária ficando todo dia em casa afastada da comunidade ou teria de se prevenir contra a doença. O problema que a vida nos põe é o facto de que para esta doença da corrupção ainda não existir vacina.


Pedro Tomé Nº17 11ºD

Apresentação Robinson Crusoe


O livro de Daniel Defoe narra a história de um jovem com um espírito selvagem, corajoso e sempre á procura de novas aventuras. Este sabia das consequências do seu acto no entanto assumia a responsabilidade do que lhe pudesse acontecer. Robinson Crusoe, antes chamado Robinson Kreutznaer (esta mudança do nome deu-se devido a ser um hábito em Inglaterra na altura), vivei em Inglaterra até aos 19 anos, idade em que decidiu sair de casa para se tornar um marinheiro, embora essa não fosse a vontade nem do pai nem da mãe. Após uma má experiência na sua primeira viagem este não desistiu. Passou de marinheiro a escravo de um pirata chamado Salem. Passou dois anos como escravo até fugir, levou consigo um jovem chamado xury. Navegavam num barco à procura de Cabo Verde até que Robinson Crusoe é resgatado por portugueses e deixado numa Brasil como fazendeiro para retomar a sua vida. Agora sozinho comprou terras e produziu para subsistência durante 2 anos. Ao aceitar uma proposta voltou a navegar o que o levou à desgraça.

Naufragou numa ilha que aparentemente é deserta e passou a viver em prol da sua sobrevivência usando materiais e aproveitando tudo o que encontrou, no navio que naufragou e que levou à morte de todos os seus colegas. Na ilha faz tudo para sobreviver constrói um abrigo e tem de aprender a viver como um nativo, sem conforto. Como forma de tentar sair da ilha constrói um barco mas não consegue movê-lo pelo menos sozinho. Com esperanças faz passeios pela ilha onde encontra cabras e aprende a domesticá-las, mais tarde passa a plantar apenas com fins de consumo próprio. Aprende a semear e a fazer pão e a utilizar o barro para construir vasos entre outros utensílios para diversos fins como guardar alimentos. Depois de 23 anos Robinson Crusoe salva a vida a um homem e dá-lhe o nome de sexta-feira pois foi no dia em que o salvou da tribo de canibais. Surpreendidos por selvagens, estes salvam o pai de sexta-feira. Passados cerca de 30 anos Robinson Crusoe regressa à civilização levando sexta-feira consigo e uma experiência única que muda a vida as ideias e os valores de um homem.

Durante a leitura percebe-se a preocupação de Crusoe em falar das coisas simples e dos valores. O materialismo de Robinson, ao longo do livro, evidencia certas divergências, pois ora ambiciona mais riqueza, ora questiona o valor dos bens materiais. A propensão de Crusoe para o comércio e o seu espírito de empreendedor é expresso quando enriquece, no Brasil, onde adquire terras, mercadorias, aumentando a sua fortuna. Lembra-se do seu pai, quando este lhe falou, no início do primeiro capítulo na “posição intermédia da vida”. Descobre que tinha chegado a essa posição mas, insatisfeito com a sua fortuna, desejoso de a aumentar, mais uma vez parte numa aventura com destino a África. Quando naufraga na ilha, o materialismo de Crusoe, também, se revela, pelo facto, de o dinheiro ser inútil naquela situação e, apesar de reconhecer a sua inutilidade, leva-o consigo. A ilha põe à prova a capacidade de iniciativa de Robinson que, através da sua vontade, da sua resistência, consegue sobreviver neste lugar inóspito

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Apresentação Oral

O retrato de Doryan Gray

Autor:

Nome: Óscar Wilde

Data e local do nascimento: 16 de Outubro de 1854 em Dublin

Data e local da morte: 30 de Novembro de 1900 em Paris

Profissão: Escritor

Obras:

Géneros cultivados: romance, novelas, contos infantis e dramas (teatro)

 Corrente literária em que se integra:

 Características da sua obra: O Retrato de Dorian Gray, considerado por críticos como obra-prima da literatura inglesa, Óscar Wilde trata da arte, da vaidade e das manipulações humanas

Esta obra tornou-se um símbolo da juventude intelectual "decadente" da época e de suas críticas à cultura vitoriana. O próprio Oscar Wilde foi apontado como o pai do decadentismo na Inglaterra, coisa que ele sempre negou.
Ficha de leitura:

Relógio D’Água Editores, Abril de 1998

Como tomei conhecimento do livro: já tinha conhecimento do livro devido à visualização do filme.

Motivo da escolha do livro: a sua leitura foi-me proposta pelo professor de Português com o objectivo da sua apresentação.
Resumo:

A obra é passada no século 19 na alta sociedade Londrina, sobre um jovem de 20 anos- Dorian Gray que requisita um retrato, uma pintura, a Basil Hallward.
É-nos apresentada no início da obra, uma personagem fulcral no desenrolar da obra cujo nome é Lorde Wotton, este era amigo de Basil e tornou-se muito próximo de Dorian, passando a estimulá-lo e a estudar as suas reacções e atitudes.

Quando a obra se deu como terminada e Dorian Gray se deparou com a mesma, disse com os olhos cravados no seu retrato. – Eu ficarei velho, feio horrível. Mas este retrato conservar-se-á eternamente jovem.


E afirmou que tudo daria inclusivamente a sua alma caso o seu retrato envelhecesse no seu lugar e ele se mantivesse jovem para todo o sempre.

A partir daí, temos o desenrolar da história. Dorian apaixona-se por uma jovem actriz, Sibyl Vane, de quem se torna noivo, cujas representações eram efectuadas num pequeno teatro.

Dorian decide apresentá-la aos seus amigos através de uma representação de “Romeu e Julieta”, cuja prestação foi aterradora, deixando Dorian desgostoso. No final da peça dirige-se a sua noiva, e acabou a sua relação de forma cruel e violenta.

Ao chegar a casa, Dorian, dirigiu-se ao seu quarto e, ao olhar para o seu retrato, quase enlouqueceu, ao perceber que o quadro estava diferente. Reflectiu e percebeu que o quadro reflectia a sua alma.

Em esperança de remediar o seu feito, planeou no dia seguinte pedir desculpa à Sibyl, no entanto era tarde de mais, e ela já tinha cometido suicídio.

A partir de então, Dorian passou a viver tudo o que lhe era ou não permitido. Passou a ter uma conduta fria e interesseira com todos à sua volta. Induziu pessoas a actos criminosos, mas saindo sempre impune. Assassinou o seu amigo Basil, à facada, quando este descobre o que se estava a suceder, e mais tarde induz a suicídio outro seu amigo químico a quem tinha pedido para se desfazer do corpo de Basil.

Dorian tinha 40 anos, e o seu retrato deteriorava-se cada vez mais, quando pensou em curar sua alma levando uma vida pura, sem magoar quem quer que fosse.

Apesar de suas boas acções, o quadro não se alterara para melhor como supunha e era a única prova do seu mau carácter, da sua consciência.

Então, resolveu destruí-lo. E, com a mesma faca com que matou Basil, trespassou o retrato. Ouviu-se um grito. Os criados acudiram. E, quando conseguiram aceder ao quarto, viram na parede o magnífico retrato, e, no chão, jazia o corpo de Dorian, com a faca cravada no peito, que só pôde ser reconhecido pelos anéis que possuía nos seus dedos.

Opinião sobre o livro: Após ter lido o livro, a minha opinião é que se trata de um livro bastante interessante e convidativo, aconselho todos a ler este livro, No que diz respeito à linguagem é bastante simples e acessível a todos.

Destaco uma reflexão que me suscitou particular interesse pelo seu conteúdo ousado e realista. pág. 20

 Personagens principais e respectivas caracterizações:

Ø Dorian Gray (beleza física inimaginável, inicialmente era uma pessoa inocente tornando-se depois arrogante)

Ø Basil Hallward (pintor de excelência)

Ø Lord Henry Wotton (era um homem extremamente inteligente, perspicaz, irónico e com grande vivência nos relacionamentos humanos, capaz de exercer forte influência sobre as outras pessoas.)

Ø Sibyl Vane (muito humilde e bela, encantadora)
Afonso Pedroso Nº1/ 11ºD

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011



Impressões de Viagem

Tudo em nós é emoção e toda a emoção é sentimento. A viagem é a ponte que nos liga a essa nossa natureza emotiva. Dizemos que viajar é bom, simplesmente agradável ou até mesmo algo habitual. Mas quando dizemos que é extraordinário, espectacular e maravilhoso não falamos da mesma viagem. Falamos sim do caminho que percorremos não só no espaço e no tempo mas também entre os nossos pensamentos, entre nós próprios. Este termo, de que tanto ousamos falar, não é um entrar num veículo e passearmos de sítio em sítio. É sim caminharmos por onde queremos estar, por onde desejarmos explorar e encontrar o que menos esperamos, observar aquilo que nunca vimos, comparar essa vista com o que imaginávamos antes de lá estar e ainda pensar em todo este rumo. Viajar é soltar a alma por um pouco.

Foi esta a oportunidade que tive nesta visita de estudo. O poder respirar novos ares, o ver dinâmicas diferentes, o sentir algo que antes não era palpável porque não existe e naquele preciso lugar existia e, simplesmente, o viver e, de uma certa forma, reviver a Natureza. Portanto, relacionando com o que explorámos neste dia, posso constatar que a vida humana depende da sua próprio desejo e força de vontade. Se tais forças forem alcançadas, nós como filhos da própria Natureza somos capazes de a tratar bem e de um modo sustentável para todos os viventes para além de nós. Por vezes, teremos de pensar ao longo do nosso rumo que não estamos sozinhos.

Penso que é bastante importante viajar, principalmente, para um espaço, não digo rural mas sim natural, por duas razões. Aprendemos e aprendemos. Não só pela forma de conhecimento adicional como também adquirimos novas experiências, imagens, cores, sabores, cheiros e, o mais relevante de tudo, as recordações de todos esses elementos de viagem.

Deste modo, recordar a viagem é lembrarmo-nos daquilo que muitas vezes nos esquecemos ao viver o nosso quotidiano, como pessoas de cidade. Recordamos o “Eu Sentimental”.   

Rita Alexandra Matos Nº19   11ºD




Apresentei o livro “A Metamorfose”, de Franz Kafka. É uma obra que transmite a quem lê uma visão clara do que realmente é o Absurdo, a Obsessão, o Sentimento de Culpa e o Estranhamento. Todos estes sentimentos, próprios da natureza humana, estão inseridos na conjugação de dois mundos: o Mundo Real e o Mundo Fantástico. Franz Kafka, escritor notável da Literatura Moderna, escreveu as suas histórias baseadas em tais temas, pormenorizando-os e explicando-os detalhadamente, conforme as situações do momento. Desta forma, construiu um Mundo e o seu espaço como autor e homem: o Realismo Mágico.

“A Metamorfose” fala-nos de uma fase decisiva na vida de um homem, Gregor  Samsa. Esta personagem vivia com os seus pais e a sua irmã.

A  nível  profissional, Gregor não se sentia auto-realizado. Mantinha sempre uma postura apática e desanimadora em relação a toda a sua vida profissional actual. Considerava o seu trabalho, caixeiro-viajante, algo cansativo e bastante monótono.  Exigia múltiplas viagens, cumprimento de regras minuciosas, muita responsabilidade e paciência para com os produtos da empresa para quem prestava serviço e quase sempre tinha pouco tempo para se divertir. Uma autêntica “prisão-viajante”.

A sua irmã, um pouco mais nova, compreendia tudo e todos com bastante facilidade. Era bastante segura de si, confiante e decidida. Pelo contrário, os seus pais, demasiado preocupados com a sua vida financeira, não ousavam compreender ninguém, principalmente o seu próprio filho. Sendo assim, a vida sentimental e pessoal de Gregor Samsa era seguramente infeliz. Já não sabia bem o que era o amor, pelo menos o amor de mãe, de pai e de irmã. A sua percepção acerca da sua relação com a família era destruidora de si próprio, afastando-o do Mundo, de si como pessoa e aproximando-o cada vez mais da solidão, ignorância e desespero. Desta forma, Gregor Samsa, sofreu uma Metamorfose, passando para um grande insecto com tudo a que tem direito: uma carapaça dura, pernas exageradamente finas em relação ao corpo e antenas. Esta transformação, um pouco irónica e engraçada, preenche o Mundo Fantástico que Franz Kafka criou para complementar o Mundo em que vivemos, o Mundo Real.

A história deste livro relaciona-se com a vida de cada um de nós na medida em que se refere ao Passado, Presente e Futuro, bem como os acontecimentos entre eles gerados. Somos todos iguais pois estamos destinados a nascer e a morrer. Somos todos diferentes pois formámos passados opostos, construímos presentes distintos e sonhamos com um futuro diferente.

Gostei muito de ler este livro pois proporciona-nos um pensamento abrangente sobre várias temáticas, dá-nos a liberdade de imaginar a personagem principal na dimensão real ou fantástica e é bastante criativo e bem estruturado. Recomendo-o vivamente.


Rita Alexandra Matos Nº19   11ºD