sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A Distância


Na década de 50, a vida familiar estava bem delineada ao contrario de hoje, que as mulheres podem desempenhar o mesmo papel que os homens. O homem trabalhava, enquanto a mulher ficava a tomar conta da casa e dos filhos. Os casamentos entre pessoas pertencentes a classes altas nem sempre tinham os mesmos intuitos. A maior parte era por dinheiro e por respeito. Na altura era bastante casual não haver amor entre os conjugues, o que levava a uma certa distância entre estes.
A relação era sempre formal, interagindo da mesma forma com se tratasse de um negócio, cada um cumprindo a sua parte do “acordo” (casamento). Entre estes, em regra existia um certo respeito para com o companheiro, para preservar a boa imagem do casal, que nesta época, a imagem, era uma das coisas mais importantes. A imagem representava o respeito da sociedade ao casal e a importância dada ao nome.
A vida de um casal que se juntou por questões exteriores ao amor (dinheiro e respeito), era apenas uma vida disfarçada. Estas questões levavam ao surgimento de barreiras, que por sua vez resultava na distância entre os conjugues.

Jorge Favinha

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