Poemas D. João I e D. Filipa de Lencastre
A
mensagem de Fernando pessoa está dividida em 3 parte, o poema de D.João
Primeiro está situado na parte do Brazão. A primeira, Brasão,
utiliza os diversos componentes das armas de Portugal para revisitar algumas
personagens da história do país. O “Brasão”
corresponde à primeira parte e ao plano narrativo da história de Portugal, n’Os
Lusíadas, onde encontramos os heróis míticos ou mitificados, desde “Ulisses” a
“D.Sebastião, rei de Portugal”. Trata-se de heróis vencedores, nalguns casos,
mas falhados na opinião geral, ignorados, ou quase, por Camões.
Fernando Pessoa transmite esta
mensagem: a Portugal, nação construtora do Império no passado, cabe construir o
Império do futuro, o Quinto Império, Para Fernando Pessoa os quatro primeiros
impérios são o primeiro o Império Grego, o segundo o Império Romano, o terceiro o Cristianismo e
o quarto a Europa, Fernando Pessoa, na obra Mensagem, anuncia um novo império civilizacional, que, acredita ser o português. E enquanto o Império Português, edificado pelos heróis da Fundação da
nacionalidade e dos Descobrimentos é termo, territorial, material, o Quinto
Império, anunciado na Mensagem, é um espiritual. “E a nossa grande raça partirá
em busca de uma Índia nova, que não existe no espaço, em naus que são
construídas daquilo que os sonhos são feitos… “A Mensagem contém, pois, um
apelo futuro”.
Poema D.joao I:
D.João foi mestre sem saber,
defensor do templo sagrado da pátria e a eterna chama de Portugal, Pessoa
retrata o rei como alguém eleito por Deus, e também como um grande homem e
guerreiro que fez de tudo para salvar o país.
Existem
três momentos neste poema 1º momento há uma interligação entre Deus e o sujeito
pois o destino é traçado por Deus, no 2º
momento Fernando pessoa elogia o seu patriotismo, onde refere que ele foi um
grande homem e guerreiro que fez de tudo para salvar o país, e o 3º momento há
uma imortalização do Rei, a antítese “eterna chama”/”sombra eterna” pretende
dar a ideia que D.João I nunca será esquecido e estará sempre vivo em todos os
portugueses (eterna chama). No entanto, fisicamente, ele já não está entre nós,
está morto (sombra eterna)
2º poema D.Filipa de Lencastre também faz parte do
Brasão
D. Filipa de Lencastre além do
papel que desempenhou ao estreitar relações com a Inglaterra exerceu alguma influência
a D.João I na conquista de Ceuta . Verificamos assim o quanto foi importante
para a História de Portugal e sobretudo como Mãe , que criou uma geração de
grande talentos, foi graças á educação que deu que levou aquela geração levar o
nosso país a um período áureo ( os descobrimentos marítimos), tanto a nível económico
como a nível cientifico e histórico. Portugal será sempre lembrado por estes
grandes feitos.
Neste poema há uma referencia a
arcanjo ( braço direito de Deus) por parte do poeta, veio afirmar a vontade de
Deus, para os futuros efeitos gloriosos dos portugueses nas descobertas marítimas.
A referência “princesa do Santo
Graal” deve ser interpretada como “princesa mística” porque esta foi
predestinada por Deus para ser mãe dos príncipes da geração. Graal refere-se á
taça onde Cristo bebera na última ceia.
O nome dado por Fernando Pessoa a D.Filipa
de Lencastre “Madrinha de Portugal” é devido á educação que esta deu aos seus
filhos e que os permitiu ser tão distintos e gloriosos.
Afonso Limão Nº 2
Sem comentários:
Enviar um comentário