terça-feira, 20 de novembro de 2012

Poemas D. João I e D. Filipa de Lencastre


A mensagem de Fernando pessoa está dividida em 3 parte, o poema de D.João Primeiro está situado na parte do Brazão. A primeira, Brasão, utiliza os diversos componentes das armas de Portugal para revisitar algumas personagens da história do país. O “Brasão” corresponde à primeira parte e ao plano narrativo da história de Portugal, n’Os Lusíadas, onde encontramos os heróis míticos ou mitificados, desde “Ulisses” a “D.Sebastião, rei de Portugal”. Trata-se de heróis vencedores, nalguns casos, mas falhados na opinião geral, ignorados, ou quase, por Camões.
Fernando Pessoa transmite esta mensagem: a Portugal, nação construtora do Império no passado, cabe construir o Império do futuro, o Quinto Império, Para Fernando Pessoa os quatro primeiros impérios são o primeiro o Império Grego, o segundo o Império Romano, o terceiro o Cristianismo e o quarto a Europa, Fernando Pessoa, na obra Mensagem, anuncia um novo império civilizacional, que, acredita ser o português. E enquanto o Império Português, edificado pelos heróis da Fundação da nacionalidade e dos Descobrimentos é termo, territorial, material, o Quinto Império, anunciado na Mensagem, é um espiritual. “E a nossa grande raça partirá em busca de uma Índia nova, que não existe no espaço, em naus que são construídas daquilo que os sonhos são feitos… “A Mensagem contém, pois, um apelo futuro”.


Poema D.joao I:
D.João foi mestre sem saber, defensor do templo sagrado da pátria e a eterna chama de Portugal, Pessoa retrata o rei como alguém eleito por Deus, e também como um grande homem e guerreiro que fez de tudo para salvar o país.

 Existem três momentos neste poema 1º momento há uma interligação entre Deus e o sujeito pois  o destino é traçado por Deus, no 2º momento Fernando pessoa elogia o seu patriotismo, onde refere que ele foi um grande homem e guerreiro que fez de tudo para salvar o país, e o 3º momento há uma imortalização do Rei, a antítese “eterna chama”/”sombra eterna” pretende dar a ideia que D.João I nunca será esquecido e estará sempre vivo em todos os portugueses (eterna chama). No entanto, fisicamente, ele já não está entre nós, está morto (sombra eterna)


2º poema D.Filipa de Lencastre também faz parte do Brasão
D. Filipa de Lencastre além do papel que desempenhou ao estreitar relações com a Inglaterra exerceu alguma influência a D.João I na conquista de Ceuta . Verificamos assim o quanto foi importante para a História de Portugal e sobretudo como Mãe , que criou uma geração de grande talentos, foi graças á educação que deu que levou aquela geração levar o nosso país a um período áureo ( os descobrimentos marítimos), tanto a nível económico como a nível cientifico e histórico. Portugal será sempre lembrado por estes grandes feitos.
Neste poema há uma referencia a arcanjo ( braço direito de Deus) por parte do poeta, veio afirmar a vontade de Deus, para os futuros efeitos gloriosos dos portugueses nas descobertas marítimas.
A referência “princesa do Santo Graal” deve ser interpretada como “princesa mística” porque esta foi predestinada por Deus para ser mãe dos príncipes da geração. Graal refere-se á taça onde Cristo bebera na última ceia.
O nome dado por Fernando Pessoa a D.Filipa de Lencastre “Madrinha de Portugal” é devido á educação que esta deu aos seus filhos e que os permitiu ser tão distintos e gloriosos.



                                                                                  Afonso Limão Nº 2

Sem comentários:

Enviar um comentário