Os poema
que eu apresentei foram os seguintes: O Quinto Império,O Desejado e As Ilhas
Afortunadas. Todos eles, pertencem à terceira parte da Mensagem, O Encoberto.
Eu associo O Encoberto ao povo português pois Portugal parecer estar envolto de
trevas e o povo está triste. Tristeza essa que relaciono com o desaparecimento,
ou mesmo a morte de D.Sebastião e outras mortes resultantes dos descobrimentos.
Porém,
acreditva-se na formação de um império por parte do povo português. Os
portugueses tinham um destino superior (no sentido de divino), que já tinha
sido provado pelos descobrimentos.
Trata-se do
quinto império, um império universal onde a paz permanecerá infinitamente. É um
império semelhante à idade de Ouro em Ovídio
e à ilha dos amores n’Os Lusíadas. Todos possuiem a ideia de
perfeição. Mas a diferença é que o quinto império é algo desejado (o que o
torna mais grandioso) e que não tem fim, ou seja, manter-se-há infinitamente.
Tal como acontece com a ilha dos amores, este império é uma forma de glorificar
os portugueses.
O QUINTO IMPÉRIO
Estrofe 1:
No inicío,
temos presente uma antítese importante -
triste e contente. Associa-se a ideia de felicidade a comodidade, ou
seja, quem vive bem e sem problemas é feliz. Mas por outro lado, diz-se, que
esta ideia é uma tristeza, pois impossibilita as pessoas de irem mais além, terem
sonhos e tentarem alcansá-los. Faz-se então uma comparação, no qual se diz que,
até a “mais rubra brasa”, isto é, até aquela chama mais viva abandonará a
lareira.
Estrofe 2:
Temos
novamente a ideia de que quem é feliz, na verdade é um tristeza, pois não tem
sonhos nem ambições. “Vive porque a vida dura”, vive apenas porque vai vivendo.
A alma, a única coisa que lhe diz é que irá acabar por morrer e esta é a lição
de raiz, pois a partir do momento em que nascemos, sabemos que acabaremos por
morrer.
Estofe 3:
Temos a
ideia de que o tempo vai passando e o homem sendo um ser sem sem um objectivo
maior, então ser homem, é sinónimo de infelicidade.
Por outro
lado, temos um ponto de viragem no poema quando se diz “Que as forças cegas se
domem”. É preciso acabar com a ideia de que somo meros animais que nascem e
morrem e adaptarmo-nos à ideia de um objectivo superior, que neste caso será o
quinto império.
Estrofe 4:
Após os
quatro império anteriores, a Terra será o local onde se formará o quinto
império e esta formação terá inicío numa “erma noite”, isto é, um noite
solitária, pois cada um vivia a sua vida comodamente sem um objectivo maior e
passará a um “dia claro” quando o povo português se unir, para formar o quinto
império.
Estrofe 5:
São
referidos os quatro impérios anteriores ao quinto. Como sabemos, a idade
corresponde ao números de anos que vivemos e esses anos vão passando. O mesmo
acontece com esses quatro impérios, eles vão passando, ou seja, são
ultrapassados.
Finalmente
temos uma pergunta que acho bastante importante. À primeira leitura, podemos
entender que é necessário esquecer D.Sebastião para formar o quinto império.
Mas, a meu ver, não é apenas isso. Eu acredito que é necessário aceitar a morte
de D.Sebastião para formar o império pelo qual, D.Sebastião lutou.
Gostaria de
relembrar um poema, D.Sebastião, O Rei de Portugal, da primeira parte da
mensagem. Neste poema, é referido, a loucura dele. Há um verso que achei interessante,
“Minha loucura, outros que me a tomem”. E, de facto, os portugueses precisavam
desta tal loucura para conseguirem abandonar a ideia de felicidade, que referi
anteriormente e poderem formar o quinto império.
O DESEJADO
O encoberto
e o desejado, para mim, referem-se a coisas semelhantes. Eu acho que ambos se
referem ao povo português, mas o primeiro refere-se a um povo triste, sem
sonhos e o segundo a um povo unido, com objectivos, capaz de formar o quinto
império.
Ao ler,
entendemos que este poema, destina-se a Galaaz, personagem da lenda do Rei
Artur e é uma pessoa pura e determinada. Este também pode ser visto com uma
comparação a D.Sebastião. Mas na minha opinião é o povo português que é o
dejado para criar o desejado, o império português. O Desejado pode ser visto
como sendo o povo português ou o quinto império.
Estrofe 1:
Pede-se
para sair das trevas, sonhar e acreditar num objectivo maior, isto é, erguer
para o novo fado, o novo destino, a criação do quinto império.
Estrofe 2:
Aqui refere-se
Galaaz mas a meu ver apela-se ao coração, à determinação e ao patriotismo do
povo português que conseguirá superar a prova, a criação do quinto império,
“erquer a alma penitente”, alma
castigada pelo desaparecimento ou mesmo morte de D.Sebastião, “À Eucaristia
Nova”, trazar a Portugal a nova religião, a religião do quinto império.
Estrofe 3:
Refere-se
aqui a paz, pois é uma característica importante do quinto império e diz-se
para erguer a espada sagrada, em representação do fim do mundo como o
conhecemos, unindo o mundo dividido e revelando o santo graal, que neste caso
representa a união, a paz e a felicidade para todos os povos e isto seria a
formação do quinto império.
AS ILHAS AFORTUNADAS
As ilhas
afortunadas são uma lenda medieval. O nome é associado a ilhas maravilhosas que
teriam existência real e chegavam a estar indicados nos mapas, ou então eram
ilhas que os marinheiros viam, mas nunca eram alcançados. Isto, provavelmente
resultava de fenómenos metereológicos, que provocavam miragens.
Neste
poema, refere-se uma voz que ouvimos enquanto dormimos. Dá esperança e diz que
o Rei mora nas ilhas afortunadas à espera de um dia para voltar numa hora de
necessidade, que neste caso seria a formação do quinto império. O Rei pode ser
visto como o Rei Artur, da tal lenda, ou D.Sebastião.
Contudo, no
fim do poema é nos dito que, quando acordamos ou despertamos a voz cala-se.
Daqui eu conluí que este poema referia-se, a um ideia, um sonho, um pensamento,
uma esperança presente no povo português que é preciso esquecer de forma a
unirem-se e formarem o quinto império, pois não podem estar à espera que o rei
volte e faça isso por eles.
Mark Alexandre Vaz nº17 12ºD
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