terça-feira, 20 de novembro de 2012

Síntese da apresentação oral (O Quinto Império,O Desejado e As Ilhas Afortunadas)


            Os poema que eu apresentei foram os seguintes: O Quinto Império,O Desejado e As Ilhas Afortunadas. Todos eles, pertencem à terceira parte da Mensagem, O Encoberto. Eu associo O Encoberto ao povo português pois Portugal parecer estar envolto de trevas e o povo está triste. Tristeza essa que relaciono com o desaparecimento, ou mesmo a morte de D.Sebastião e outras mortes resultantes dos descobrimentos.

            Porém, acreditva-se na formação de um império por parte do povo português. Os portugueses tinham um destino superior (no sentido de divino), que já tinha sido provado pelos descobrimentos.

            Trata-se do quinto império, um império universal onde a paz permanecerá infinitamente. É um império semelhante à idade de Ouro em Ovídio e à ilha dos amores n’Os Lusíadas. Todos possuiem a ideia de perfeição. Mas a diferença é que o quinto império é algo desejado (o que o torna mais grandioso) e que não tem fim, ou seja, manter-se-há infinitamente. Tal como acontece com a ilha dos amores, este império é uma forma de glorificar os portugueses.

 

O QUINTO IMPÉRIO

Estrofe 1:

            No inicío, temos presente uma antítese importante -  triste e contente. Associa-se a ideia de felicidade a comodidade, ou seja, quem vive bem e sem problemas é feliz. Mas por outro lado, diz-se, que esta ideia é uma tristeza, pois impossibilita as pessoas de irem mais além, terem sonhos e tentarem alcansá-los. Faz-se então uma comparação, no qual se diz que, até a “mais rubra brasa”, isto é, até aquela chama mais viva abandonará a lareira.

 

Estrofe 2:

            Temos novamente a ideia de que quem é feliz, na verdade é um tristeza, pois não tem sonhos nem ambições. “Vive porque a vida dura”, vive apenas porque vai vivendo. A alma, a única coisa que lhe diz é que irá acabar por morrer e esta é a lição de raiz, pois a partir do momento em que nascemos, sabemos que acabaremos por morrer.

 

Estofe 3:

            Temos a ideia de que o tempo vai passando e o homem sendo um ser sem sem um objectivo maior, então ser homem, é sinónimo de infelicidade.

            Por outro lado, temos um ponto de viragem no poema quando se diz “Que as forças cegas se domem”. É preciso acabar com a ideia de que somo meros animais que nascem e morrem e adaptarmo-nos à ideia de um objectivo superior, que neste caso será o quinto império.

 

Estrofe 4:

            Após os quatro império anteriores, a Terra será o local onde se formará o quinto império e esta formação terá inicío numa “erma noite”, isto é, um noite solitária, pois cada um vivia a sua vida comodamente sem um objectivo maior e passará a um “dia claro” quando o povo português se unir, para formar o quinto império.

 

Estrofe 5:

            São referidos os quatro impérios anteriores ao quinto. Como sabemos, a idade corresponde ao números de anos que vivemos e esses anos vão passando. O mesmo acontece com esses quatro impérios, eles vão passando, ou seja, são ultrapassados.

            Finalmente temos uma pergunta que acho bastante importante. À primeira leitura, podemos entender que é necessário esquecer D.Sebastião para formar o quinto império. Mas, a meu ver, não é apenas isso. Eu acredito que é necessário aceitar a morte de D.Sebastião para formar o império pelo qual, D.Sebastião lutou.

            Gostaria de relembrar um poema, D.Sebastião, O Rei de Portugal, da primeira parte da mensagem. Neste poema, é referido, a loucura dele. Há um verso que achei interessante, “Minha loucura, outros que me a tomem”. E, de facto, os portugueses precisavam desta tal loucura para conseguirem abandonar a ideia de felicidade, que referi anteriormente e poderem formar o quinto império.

 

O DESEJADO

            O encoberto e o desejado, para mim, referem-se a coisas semelhantes. Eu acho que ambos se referem ao povo português, mas o primeiro refere-se a um povo triste, sem sonhos e o segundo a um povo unido, com objectivos, capaz de formar o quinto império.

            Ao ler, entendemos que este poema, destina-se a Galaaz, personagem da lenda do Rei Artur e é uma pessoa pura e determinada. Este também pode ser visto com uma comparação a D.Sebastião. Mas na minha opinião é o povo português que é o dejado para criar o desejado, o império português. O Desejado pode ser visto como sendo o povo português ou o quinto império.

           

Estrofe 1:

            Pede-se para sair das trevas, sonhar e acreditar num objectivo maior, isto é, erguer para o novo fado, o novo destino, a criação do quinto império.

 

Estrofe 2:

            Aqui refere-se Galaaz mas a meu ver apela-se ao coração, à determinação e ao patriotismo do povo português que conseguirá superar a prova, a criação do quinto império, “erquer a  alma penitente”, alma castigada pelo desaparecimento ou mesmo morte de D.Sebastião, “À Eucaristia Nova”, trazar a Portugal a nova religião, a religião do quinto império.

 

Estrofe 3:

            Refere-se aqui a paz, pois é uma característica importante do quinto império e diz-se para erguer a espada sagrada, em representação do fim do mundo como o conhecemos, unindo o mundo dividido e revelando o santo graal, que neste caso representa a união, a paz e a felicidade para todos os povos e isto seria a formação do quinto império.

 

AS ILHAS AFORTUNADAS

            As ilhas afortunadas são uma lenda medieval. O nome é associado a ilhas maravilhosas que teriam existência real e chegavam a estar indicados nos mapas, ou então eram ilhas que os marinheiros viam, mas nunca eram alcançados. Isto, provavelmente resultava de fenómenos metereológicos, que provocavam miragens.

            Neste poema, refere-se uma voz que ouvimos enquanto dormimos. Dá esperança e diz que o Rei mora nas ilhas afortunadas à espera de um dia para voltar numa hora de necessidade, que neste caso seria a formação do quinto império. O Rei pode ser visto como o Rei Artur, da tal lenda, ou D.Sebastião.

            Contudo, no fim do poema é nos dito que, quando acordamos ou despertamos a voz cala-se. Daqui eu conluí que este poema referia-se, a um ideia, um sonho, um pensamento, uma esperança presente no povo português que é preciso esquecer de forma a unirem-se e formarem o quinto império, pois não podem estar à espera que o rei volte e faça isso por eles.

 

Mark Alexandre Vaz nº17 12ºD

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