segunda-feira, 26 de novembro de 2012


Timbre – insígnia que coroa o brasão, indicadora da nobreza de quem o usa, remete para a sagração do herói numa missão transcendente;
"O Timbre" é o título do quinto bloco de poemas que constitui a primeira parte da obra e que refere o Infante D. Henrique, D. João II e Afonso de Albuquerque.
Este elemento é o símbolo do poder e da posse legítima. Liga-se também à ideia de segredo. O timbre é, pois, um sinal, uma marca, dada por Deus, que assegura ao ser humano a ascensão a mundos superiores, através do conhecimento. O poder é aquilo que une o ser humano a Deus, porque esse poder é um reflexo da vontade divina.


·         A cabeça do grifo – O Infante D. Henrique
Grifo (cabeça) – A criadora da razão. A sabedoria do Infante D. Henrique – o cérebro.
O grifo é uma ave mitológica com bico e asas de águia e corpo de leão; simboliza a união do humano e do divino.
Infante D. Henrique foi o grande impulsionador dos descobrimentos.
O infante encontra-se sozinho, nesta tarefa (descobrimentos), e é esta solidão que lhe permite idealizar e realizar grandes feitos. Com seu manto de noite e solidão,
 Ele é o senhor do mar e do mundo inteiro, pois foi graças a ele que se descobriram novas terras, ele foi o impulsionador dos descobrimentos, assim sendo ele é “O único imperador que tem, deveras, / O globo mundo em sua mão”.
Pode-se então dizer que é o infante é aquele que toma as decisões, e que sonha, idealiza e tem sabedoria, ou seja, o Infante é a Cabeça do Grifo.

·         A outra asa do grifo – Afonso de Albuquerque
A outra asa simboliza a execução, a acção e a concretização; ou seja o crescimento do império na índia, já que a outra asa do grifo é Afonso de Albuquerque, o primeiro vise Rei da Índia. Graças às suas acções na Índia foi possível estabelecer um bom relacionamento com os indianos e estabelecer negócios com estes. Afonso de Albuquerque era o guardião do nosso império.
A atitude heróica é importante para a aproximação a Deus, mas o herói não pode esquecer que o poder baseado na justiça, na lealdade, na coragem e no respeito é mais valioso do u o poder exercido violentamente pelo conquistador.
As acções devem ser claras, devendo sempre ter em conta o poder espiritual, o poder moral e os valores.   
Grifo (asas) - Concretização do sonho. A capacidade de acção (D. João II e Afonso de Albuquerque).

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