O Conceito de Justiça no Mundo Real:
Na Grécia, Sócrates valorizava a Justiça como
uma forma agradável de o homem viver em sociedade e, além disso, de agradar as
outras forças que estão acima do ser humano. Para Platão, o justo comporta-se de acordo com a
lei e somente o justo é feliz porque controla seus instintos e enfrenta a
realidade com conhecimento, o que é imprescindível para a prática da justiça. Aristóteles
dizia que a justiça é a excelência moral perfeita que advém do hábito de
fazer o bem e a lei é o resultado da razão de uma comunidade que procura a justiça,
sendo que a conduta má só ocorre por ignorância, já que ninguém opta pelo mal,
o mal é o resultado do desconhecimento do bem.
Na Idade Média, Santo Agostinho expõe que existe uma lei natural, fundada na arte da natureza; essa lei é a lei do amor e da bondade, é universal e imutável e todo ser humano deveria conhecê-la e observá-la, essa lei constitui a virtude da justiça. Tomás de Aquino diz que justiça é dar a outrem o que lhe é devido, segundo uma igualdade, objectivando sempre o bem comum, que é a justiça social ou geral.
Na Idade Média, Santo Agostinho expõe que existe uma lei natural, fundada na arte da natureza; essa lei é a lei do amor e da bondade, é universal e imutável e todo ser humano deveria conhecê-la e observá-la, essa lei constitui a virtude da justiça. Tomás de Aquino diz que justiça é dar a outrem o que lhe é devido, segundo uma igualdade, objectivando sempre o bem comum, que é a justiça social ou geral.
Aristóteles pôs o conceito de felicidade como o ponto
central de sua ética. O homem deve atingir a felicidade; além disso,
Aristóteles também considerou a justiça
uma virtude, embora com bastante diferença do conceito platônico.
Conceito Justiça no Livro Alice Pais
das Maravilhas
Partindo do principio que a Justiça é uma virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a
atribuição do que é devido a cada um.
Neste livro, a ideia de justiça vai-se
modificando de personagem para personagem e de situação para situação, não
sendo um conceito fixo para todos.
Durante a
leitura do livro “Alice no país das maravilhas” podemos deparar-nos com
variadíssimos conceitos de justiça. O conceito de justiça no mundo de
Alice, é uma acção exercida por alguém superior a todos, sendo neste caso o rei
ou a rainha é que decidem a condenação do sujeito e não utilizam o grupo de
Jurados para ajudarem estes a chegar a uma decisão.
Na minha opinião, as técnicas jurídicas utilizadas nesta obra são de certa
forma injustas e egoístas. Esta liberdade que O Rei e a Rainha de copas possuem
na obra, vai permitir que estes “inventem” as leis que quiserem sem consequências
para condenar o sujeito. Penso que o
autor quer de certo modo fazer uma crítica ao sistema de justiça da sua época e
do seu país, pois este diz que o rei não devem ter o poder absoluto porque
assim este pode fazer o que lhe apetecer, agindo conforme lhe apetece acusando
injustamente a pessoa em questão, que normalmente não tem poder nenhum.
Comparando ambas:
Desde os primórdios da civilização, a temática da justiça
acompanha a espécie humana. Talvez seja um elemento natural aspirar ao que seja
justo e ao que seja ético. Entretanto, paradoxalmente, a mesma sociedade que
aspira pela justiça age por vezes injustamente. No mundo real a definição de justiça é oposta à do país das Maravilhas que
representa a imaginação de Alice, no mundo real a justiça é uma coisa boa que
geralmente é feita para combater legalmente o mal ou uma má acção que alguém
cometeu e pela qual se deve ser acusado e consequentemente assumir as suas
consequências, poderei concluir acima de tudo que existe uma evolução e uma
adaptação aos tempos deste conceito, mas continua tudo muito subjectivo.
Afonso Pedroso Nº1 / 10ºD