quarta-feira, 4 de maio de 2011

O Conceito de Justiça


O Conceito de Justiça no Mundo Real:

Na Grécia, Sócrates valorizava a Justiça como uma forma agradável de o homem viver em sociedade e, além disso, de agradar as outras forças que estão acima do ser humano. Para Platão, o justo comporta-se de acordo com a lei e somente o justo é feliz porque controla seus instintos e enfrenta a realidade com conhecimento, o que é imprescindível para a prática da justiça. Aristóteles dizia que a justiça é a excelência moral perfeita que advém do hábito de fazer o bem e a lei é o resultado da razão de uma comunidade que procura a justiça, sendo que a conduta má só ocorre por ignorância, já que ninguém opta pelo mal, o mal é o resultado do desconhecimento do bem.
Na Idade Média, Santo Agostinho expõe que existe uma lei natural, fundada na arte da natureza; essa lei é a lei do amor e da bondade, é universal e imutável e todo ser humano deveria conhecê-la e observá-la, essa lei constitui a virtude da justiça. Tomás de Aquino diz que justiça é dar a outrem o que lhe é devido, segundo uma igualdade, objectivando sempre o bem comum, que é a justiça social ou geral.

Aristóteles pôs o conceito de felicidade como o ponto central de sua ética. O homem deve atingir a felicidade; além disso, Aristóteles também considerou a justiça uma virtude, embora com bastante diferença do conceito platônico.

Conceito Justiça no Livro Alice Pais das Maravilhas

Partindo do principio que a Justiça é uma virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a atribuição do que é devido a cada um.

Neste livro, a ideia de justiça vai-se modificando de personagem para personagem e de situação para situação, não sendo um conceito fixo para todos.

 Durante a leitura do livro “Alice no país das maravilhas” podemos deparar-nos com variadíssimos conceitos de justiça. O conceito de justiça no mundo de Alice, é uma acção exercida por alguém superior a todos, sendo neste caso o rei ou a rainha é que decidem a condenação do sujeito e não utilizam o grupo de Jurados para ajudarem estes a chegar a uma decisão.

Na minha opinião, as técnicas jurídicas utilizadas nesta obra são de certa forma injustas e egoístas. Esta liberdade que O Rei e a Rainha de copas possuem na obra, vai permitir que estes “inventem” as leis que quiserem sem consequências para condenar o sujeito. Penso que  o autor quer de certo modo fazer uma crítica ao sistema de justiça da sua época e do seu país, pois este diz que o rei não devem ter o poder absoluto porque assim este pode fazer o que lhe apetecer, agindo conforme lhe apetece acusando injustamente a pessoa em questão, que normalmente não tem poder nenhum.

Comparando ambas:

Desde os primórdios da civilização, a temática da justiça acompanha a espécie humana. Talvez seja um elemento natural aspirar ao que seja justo e ao que seja ético. Entretanto, paradoxalmente, a mesma sociedade que aspira pela justiça age por vezes injustamente. No mundo real a definição de justiça é oposta à do país das Maravilhas que representa a imaginação de Alice, no mundo real a justiça é uma coisa boa que geralmente é feita para combater legalmente o mal ou uma má acção que alguém cometeu e pela qual se deve ser acusado e consequentemente assumir as suas consequências, poderei concluir acima de tudo que existe uma evolução e uma adaptação aos tempos deste conceito, mas continua tudo muito subjectivo.

Afonso Pedroso Nº1 / 10ºD

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