segunda-feira, 2 de maio de 2011

Relação do sujeito (Alice) consigo próprio e com os outros

Como sabemos, Alice no País das Maravilhas é um romance escrito em 1865. Trata-se de uma história de uma menina chamada Alice que cai na toca de um coelho e a transporta para um lugar fantástico povoado por peculiares e antropomórficos.
Podemos dizer que neste lugar o extraordinário é normal.
Esta história revela uma lógica do absoluto, ou seja, a ideia de sonho, pois nós nos nossos sonhos também temos esse tipo de lógica porque nada faz sentido.
Neste livro, penso, que as variadas alterações que ocorrem a Alice, não só físicas mas também psicológicas fazem com que a sua atitude perante si própria e os outros mude.
Vai tomando várias atitudes em relação a si própria deste o início do livro até ao final.
Como podemos ver, em relação a si própria, Alice no segundo capítulo fica muito alta e depois volta a ficar muito baixa. Estas transformações físicas levam a que Alice fique bastante confusa em relação a quem era e para o descobrir começa a recitar poemas.
De uma certa maneira, ao longo do livro vamos concluindo que sempre que Alice está mais alta, sente-se mais ‘Alice’ e sempre que esta mais baixa, sente-se menos ‘ Alice’.
Ao longo do texto vemos que Alice não sabe quem é, e esta é uma das perguntas centrais no texto. Em relação aos outros ela sabia perfeitamente quem era, e que, como disse no último capítulo, ‘eles’  não passavam de um baralho de cartas, o que a torna bastante superior a todas as outras personagens do texto. Isto faz com que Alice tome uma posição de superioridade em relação a todos os outros que estavam naquela sala de julgamento.
 O problema é, consigo própria, pois Alice não se reconhece. Por outro lado, existe uma contradição pois no quinto capítulo, Alice ao ser acusada de ser uma serpente, defende-se dizendo que não é uma serpente mais sim uma menina. Por mais que ela tenha dito isso e que nos possa ter levado para uma contradição, este argumento só vem reforçar o facto de Alice saber quem era em relação às outras personagens.
Podemos concluir então dizendo que este tipo de transformações que Alice toma, podem ser uma forma de caracterização feita pelo narrador da adolescência, pois todos nós passamos por um conjunto de transformações que nem sempre sabemos o que poderão significar. Com essas transformações e situações criadas vamos crescendo e apreendo, neste caso são enigmas que nos são colocados e como podemos ver Alice amadurece bastante desde o início do livro até ao seu final.
Carolina Barros, nº9

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