A hybris é um conceito grego que pode ser traduzido como "tudo o que ultrapassa a medida" e que actualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência (originalmente contra os deuses), que com frequência termina sendo punida.
Na Antiga Grécia, aludia a um desprezo temerário pelo espaço pessoal alheio, unido à falta de controlo sobre os próprios impulsos, sendo um sentimento violento inspirado pelas paixões exageradas, consideradas doenças pelo seu carácter irracional e desequilibrado.
O conceito de hybris tem sido aplicado principalmente em relação ao protagonista da tragédia que desafia as leis morais vigentes na polis e as proibições dos deuses. A transgressão do protagonista ou hamartia (…) leva à sua queda, o que não significa necessariamente um desfecho trágico. A hybris e o desfecho trágico ocorrem, por exemplo, em Medeia de Eurípedes (s. V a. C.), a hybris se apresenta com uma força trágica incomum, pois a protagonista terna e monstruosa, Medeia, pela intensidade da sua paixão por Jasão, é capaz de assassinar os próprios filhos, para punir o amante (pela sua infidelidade) de uma forma radical.
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