quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tragédia

Conceito de "Tragédia"

Aristóteles não se preocupou em estabelecer qualquer teoria sobre a tragédia nem se concentrou nos aspectos técnicos do espectáculo mas no comportamento do público. Concluiu que o espectáculo trágico para realizar-se como obra de arte deveria sempre provocar a Katarsis, a catarse, isto é a purgação das emoções dos espectadores.
Assistindo as terríveis dilacerações do herói trágico, sensibilizando-se com o horror que a vida dele se tornara, sentindo uma profunda compaixão pelo que o destino reservara ao herói, o público deveria passar por uma espécie de exorcismo colectivo.
Atribui-se à concepção de Aristóteles, que associa a tragédia à purgação, ao fato dele ter sido médico, o que teria contribuído para que ele entendesse a encenação dramática como uma espécie de remédio da alma, ajudando as pessoas do auditório a expelirem suas próprias dores e sofrimentos ao assistirem o desenlace.
Descreve tragédia como imitação de uma acção completa e elevada em uma linguagem que tem ritmo, harmonia e canto. Nela actuam os personagens directamente, não havendo relato indirecto, sendo, por isso, chamada de drama. A sua função é provocar por meio da paixão e do temor a expurgação ou purificação dos sentimentos
A tragédia clássica deve cumprir, ainda segundo Aristóteles, três condições: possuir personagens de elevada condição (heróis, Reis  deuses), ser contada em linguagem elevada e digna e ter um final triste com a destruição ou loucura de um ou vários personagens, sacrificados por seu orgulho ou por se rebelar contra as forças do destino.

Tiago Oliveira, nº21, 11ºD




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