O livro de Daniel Defoe narra a história de um jovem com um
espírito selvagem, corajoso e sempre á procura de novas aventuras. Este sabia
das consequências do seu acto no entanto assumia a responsabilidade do que lhe
pudesse acontecer. Robinson Crusoe, antes chamado Robinson Kreutznaer (esta
mudança do nome deu-se devido a ser um hábito em Inglaterra na altura), vivei
em Inglaterra até aos 19 anos, idade em que decidiu sair de casa para se tornar
um marinheiro, embora essa não fosse a vontade nem do pai nem da mãe. Após uma
má experiência na sua primeira viagem este não desistiu. Passou de marinheiro a
escravo de um pirata chamado Salem. Passou dois anos como escravo até fugir,
levou consigo um jovem chamado xury. Navegavam num barco à procura de Cabo Verde
até que Robinson Crusoe é resgatado por portugueses e deixado numa Brasil como
fazendeiro para retomar a sua vida. Agora sozinho comprou terras e produziu
para subsistência durante 2 anos. Ao aceitar uma proposta voltou a navegar o
que o levou à desgraça.
Naufragou numa ilha que aparentemente é deserta e passou a viver
em prol da sua sobrevivência usando materiais e aproveitando tudo o que
encontrou, no navio que naufragou e que levou à morte de todos os seus colegas.
Na ilha faz tudo para sobreviver constrói um abrigo e tem de aprender a viver
como um nativo, sem conforto. Como forma de tentar sair da ilha constrói um
barco mas não consegue movê-lo pelo menos sozinho. Com esperanças faz passeios
pela ilha onde encontra cabras e aprende a domesticá-las, mais tarde passa a
plantar apenas com fins de consumo próprio. Aprende a semear e a fazer pão e a
utilizar o barro para construir vasos entre outros utensílios para diversos
fins como guardar alimentos. Depois de 23 anos Robinson Crusoe salva a vida a um
homem e dá-lhe o nome de sexta-feira pois foi no dia em que o salvou da tribo
de canibais. Surpreendidos por selvagens, estes salvam o pai de sexta-feira.
Passados cerca de 30 anos Robinson Crusoe regressa à civilização levando
sexta-feira consigo e uma experiência única que muda a vida as ideias e os
valores de um homem.
Durante a leitura percebe-se a preocupação de Crusoe em falar das
coisas simples e dos valores. O materialismo de
Robinson, ao longo do livro, evidencia certas divergências, pois ora ambiciona
mais riqueza, ora questiona o valor dos bens materiais. A propensão de Crusoe
para o comércio e o seu espírito de empreendedor é expresso quando enriquece,
no Brasil, onde adquire terras, mercadorias, aumentando a sua fortuna.
Lembra-se do seu pai, quando este lhe falou, no início do primeiro capítulo na
“posição intermédia da vida”. Descobre que tinha chegado a essa posição mas,
insatisfeito com a sua fortuna, desejoso de a aumentar, mais uma vez parte numa
aventura com destino a África. Quando naufraga na ilha, o materialismo de
Crusoe, também, se revela, pelo facto, de o dinheiro ser inútil naquela
situação e, apesar de reconhecer a sua inutilidade, leva-o consigo. A ilha põe à prova a capacidade de
iniciativa de Robinson que, através da sua vontade, da sua resistência,
consegue sobreviver neste lugar inóspito
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