domingo, 9 de outubro de 2011

Enquanto olhava para esta página em branco, e me obrigava a mim proprio a escrever, muitas ideias me passavam pela cabeça. Surgiu a ideia da preguiça, a ideia do sofrimento, a ideia de nao conseguir concretizar algo; a impotência, até que ouvi o meu pai a comentar a desgraça em que Portugal se encontrava, e de quem era a culpa. Alguns segundos depois ocorreu-me o pensamento de argumentar na defesa de Portugal quer do ponto de vista dos valores históricos quer do ponto de vista dos valores nacionais. Constato que hoje em dia Portugal se encontra numa crise, economica, politica e moral e as pessoas parecem desiludidas com o seu país.

Na minha perspectiva Portugal é um pais pequeno em tamanho mas de uma enorme dimensao em memorias e valores. Portugal foi um país que nasceu num seculo remoto onde a miseria e a injustiça abundavam mas os valores e coragem prevaleciam. A história descreve-nos um corajoso lusitano que se chamava Viriato e que se opunha ao poderoso exército romano com bravura e determinação.
Por vezes é comentado quão mau Portugal é e quão mau este se encontra; as poucas oportunidades que este oferece, até mesmo são postas em causa inclusive a sua política. As pessoas falam mas não realizam… lamentam-se mas não sugerem alternativas, destroem mas não criam algo de novo, e se o problema fosse das pessoas? E não do país enquanto estado? E se as pessoas fossem como Viriato, precisassem apenas de um “empurrãozinho” para atingir os seus projectos?

Portugal, e os nossos valores são construídos pelos portugueses e pela sua determinação, e tal como Viriato alcançou com valentia os seus objectivos, as pessoas também necessitam de o fazer para ultrapassar os maus momentos da sua vida. De facto Portugal encontra-se em “maus lençóis” desde a sua economia até às poucas oportunidades de trabalho passando pela sua política que falha frequentemente. Um exemplo claro desta situação é o da Madeira no qual o Sr. João Alberto Jardim tem passado impune ao longo dos anos. Mas como tudo no mundo e na vida não é linear nem “cor-de-rosa” é importante interiorizarmos que é necessário trabalhar
e lutar para alcançar os nossos objectivos. Será que falta de dinheiro está só relacionada com a má gestão do estado, ou com as pessoas em geral, que não se controlam e vivem acima das suas possibilidades? Podemos considerar que a falta de oportunidades de trabalho, é da responsabilidade do estado? Ou será que as pessoas em Portugal são preconceituosas, e desvalorizam trabalhos considerados “menores” (como por exemplo trabalhar nas obras, ardinas, pescadores, agricultores, empregados fabris etc.)? Tais perguntas têm de ser colocadas para ajuizar e avaliar esta realidade de modo a não sermos esmagados pelo sentimento de derrota.

No outro dia ouvia o meu avô a comentar sobre Portugal, como era bonito, como poderia ser fácil, e existirem oportunidades de trabalho quer no seu tempo quer no tempo actual. Portugal é um grande país, mas como todos os outros tem os seus maus momentos, por isso na minha opinião as pessoas tem que deixar de se abater, deixar de fazer maus juízos, e têm de “ser como Viriato”, pois um país com tantas memórias e valores, vale a pena lutar e opor-se a esta crise, a este “exército romano”.

Afonso Soares 11ºD

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