A eutanásia, tem sido um
assunto discutido um pouco por todo o mundo, devido à grande divergência de
ideias quanto ao tema, pois, enquanto que o Estado tem, como
princípio a protecção da vida dos seus cidadãos, existem aqueles que sendo
pacientes incuráveis, pretendem abreviar as suas vidas de maneira controlada e
assistida por um especialista.
Na
minha opinião, a eutanásia deveria ser permitida, desde que com uma avaliação
psicológica prévia por parte de um especialista ao doente, pois os doentes
nessa situação, encontram-se incapazes de decidirem por si próprios, ou estão
num estado de desespero que não lhe permite tomar uma decisão em plena
consciência
Do
ponto de vista religioso a eutanásia é vista como uma usurpação do direito à
vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao “Criador”, ou seja, só Ele
pode tirar a vida de alguém, mas será correcto fazer uma pessoa sofrer às
portas da morte, apenas para conceder o direito de usurpação da sua vida ao
“Criador”- uma entidade julgada por superior.
A eutanásia não apoia nem
defende a morte em si, apenas faz uma reflexão de uma morte mais suave e menos
dolorosa que algumas pessoas optam por ter, em vez de terem uma morte lenta e cheia
de sofrimento.
A escolha pela morte, não
poderá ser irreflectida. As componentes biológicas, sociais, culturais,
económicas e psíquicas têm que ser avaliadas, contextualizadas e pensadas, de
forma a assegurar a verdadeira autonomia do indivíduo que, alheio de
influências exteriores à sua vontade.
A meu ver, as
pessoas começam a abrir as suas mentes e começam a perceber que caso se
encontrem numa situação de doença terminal acompanhada de sofrimento também
poderiam desejar antecipar as suas mortes, prova disso é o facto de a Holanda e
Bélgica agiram em cadeia: a primeira legalizou a eutanásia em Abril de 2002 e a
segunda, em Setembro do mesmo ano. Na Suécia, é autorizada a assistência médica
ao suicídio. Na Suíça, país que tolera a eutanásia, um médico pode administrar
uma dose letal de um medicamento a um doente terminal que queira morrer, mas é
o próprio paciente quem deve tomá-la.
O caso de Ramón Sampedro foi amplamente
divulgado na televisão, e ficou-me sem dúvida na memória, fazendo-me reflectir
A repercussão
do caso foi mundial, tendo sido destacada na imprensa como morte assistida.
A amiga de
Ramón Sampedro foi incriminada pela polícia como sendo a responsável pelo
homicídio. Um movimento internacional de pessoas enviou cartas
"confessando o mesmo crime". A justiça, alegando impossibilidade de
levantar todas as evidências, acabou por
arquivar o processo.
Conclui-se a partir
destes pressupostos que em certos casos a eutanásia é melhor solução quendo
tudo deixa de valer a pena e apenas um corpo inerte e em sofrimento, vegeta,
sem qualquer esperança de recuperação, sem o mínimo de dignidade, sem aquilo
que consideramos o verdadeiro sentido da
palavra VIDA.
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