sábado, 8 de outubro de 2011

Texto Argumentativo - Liberdade


Neste texto argumentativo vou falar sobre um tema desde há muito tempo discutido, onde foram criadas inúmeras teorias, cada uma com a sua forma de pensar e com os seus seguidores – a liberdade.
Entre todas elas reconhecem-se especialmente 3:
·         Determinismo
·         Teoria libertista
·         Compatibilismo
O determinismo é uma teoria que afirma que, sob o efeito da mesma cadeia causal, há apenas um curso de acção possível, ou seja, que não temos possibilidade de escolha, pois tudo o que fazemos foi previamente determinado por causas anteriores, ou seja não existe livre arbítrio. Na minha maneira de ver, esta teoria não é correcta, pois apesar de existirem coisas que foram determinadas, nem todas elas assim o foram.
Se tudo fosse determinado não existiria responsabilidade moral ou seja, seríamosmeras peças de xadrez no tabuleiro da mãe natureza”.
Acredito que as pessoas que defendem esta teoria são os primeiros a quererem punir as crianças que mentem ou as pessoas que roubam, o que não seria correcto visto as pessoas terem sido determinadas a fazer aquilo.
Mas como sabemos, todos nós já experimentámos o livre-arbítrio. Por exemplo, quando tenho tempo livre eu posso escolher se vou jogar, ouvir música, sair ou praticar algum desporto, entre outras. Ou seja, não sou determinado a fazer uma destas coisas, tenho a liberdade de entre todas as opções fazer a que mais me agradar no momento.
Este exemplo demonstra que nem tudo é determinado, porém, existem coisas que o são, como demonstrarei ao falar da teoria libertista.
Esta teoria diz que somos inteiramente livres.
É corrente definir acto livre como acto não condicionado por causas, ou seja, ter livre-arbítrio é ter possibilidade de escolher entre diferentes cursos de acção, apesar das causas que sobre o agente actuam.
Por isso mesmo na minha opinião também não somos inteiramente livres, pois há coisas que nos foram determinadas e que não pudemos mudar, como a cor dos olhos e o local onde nascemos. Por outro lado eu também não posso voar nem ir daqui ao México em 30 segundos nem mesmo ser imune a doenças, então posso dizer que a liberdade é limitada por condicionantes físicas e mentais.
Por último existe o compatibilismo. Esta teoria é basicamente a tentativa de unir a teoria libertista com o determinismo. Para mim é algo um tanto ou quanto absurdo pois tratam-se de 2 teorias nada a ver uma com a outra, pois são exactamente o seu contrário. Ou seja, pela lógica, pensar que numa situação temos só um curso possível e ao mesmo tempo termos vários cursos possíveis é impossível, pois as afirmações não são compatíveis.
Devido a todos estes problemas impostos em cada teoria, para mim, nós somos moderadamente livres, ou seja somos livres dependendo das condicionantes. Pode-se portanto dizer que eu aceito a teoria “libertismo moderado”, que por acaso é também uma das teorias existentes, ou seja nada de inovador. Esperar algo inovador seria algo também estranho de se fazer, pois tantos anos de perguntas e tentativas de resposta por parte de filósofos, seria improvável que refutasse todas as teorias e de repente tivesse uma que respeitasse todas as probabilidades.
A minha conclusão é portanto que nós somos moderadamente livres, ou seja somos livres, mas somos também condicionados física e mentalmente por diversos factores.


Ricardo Pereira nº18 11ºD

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