Neste
texto argumentativo vou falar sobre um tema desde há muito tempo discutido,
onde foram criadas inúmeras teorias, cada uma com a sua forma de pensar e com
os seus seguidores – a liberdade.
Entre
todas elas reconhecem-se especialmente 3:
·
Determinismo
·
Teoria
libertista
·
Compatibilismo
O determinismo é uma teoria que afirma
que, sob o efeito da mesma cadeia causal, há apenas um curso de acção possível,
ou seja, que não temos possibilidade de escolha, pois tudo o que fazemos foi
previamente determinado por causas anteriores, ou seja não existe livre
arbítrio. Na minha maneira de ver, esta teoria não é correcta, pois apesar de
existirem coisas que foram determinadas, nem todas elas assim o foram.
Se tudo fosse determinado não
existiria responsabilidade moral ou seja, seríamos “meras
peças de xadrez no tabuleiro da mãe natureza”.
Acredito que as pessoas que defendem
esta teoria são os primeiros a quererem punir as crianças que mentem ou as
pessoas que roubam, o que não seria correcto visto as pessoas terem sido
determinadas a fazer aquilo.
Mas como sabemos, todos nós já
experimentámos o livre-arbítrio. Por exemplo, quando tenho tempo livre eu posso
escolher se vou jogar, ouvir música, sair ou praticar algum desporto, entre
outras. Ou seja, não sou determinado a fazer uma destas coisas, tenho a
liberdade de entre todas as opções fazer a que mais me agradar no momento.
Este exemplo demonstra que nem tudo é
determinado, porém, existem coisas que o são, como demonstrarei ao falar da
teoria libertista.
Esta teoria diz que somos inteiramente
livres.
É corrente definir acto livre como
acto não condicionado por causas, ou seja, ter livre-arbítrio é ter
possibilidade de escolher entre diferentes cursos de acção, apesar das causas
que sobre o agente actuam.
Por isso mesmo na minha opinião também
não somos inteiramente livres, pois há coisas que nos foram determinadas e que
não pudemos mudar, como a cor dos olhos e o local onde nascemos. Por outro lado
eu também não posso voar nem ir daqui ao México em 30 segundos nem mesmo ser
imune a doenças, então posso dizer que a liberdade é limitada por
condicionantes físicas e mentais.
Por último existe o compatibilismo.
Esta teoria é basicamente a tentativa de unir a teoria libertista com o
determinismo. Para mim é algo um tanto ou quanto absurdo pois tratam-se de 2
teorias nada a ver uma com a outra, pois são exactamente o seu contrário. Ou
seja, pela lógica, pensar que numa situação temos só um curso possível e ao
mesmo tempo termos vários cursos possíveis é impossível, pois as afirmações não
são compatíveis.
Devido a todos estes problemas
impostos em cada teoria, para mim, nós somos moderadamente livres, ou seja
somos livres dependendo das condicionantes. Pode-se portanto dizer que eu
aceito a teoria “libertismo moderado”, que por acaso é também uma das teorias
existentes, ou seja nada de inovador. Esperar algo inovador seria algo também
estranho de se fazer, pois tantos anos de perguntas e tentativas de resposta
por parte de filósofos, seria improvável que refutasse todas as teorias e de
repente tivesse uma que respeitasse todas as probabilidades.
A minha conclusão é portanto que nós
somos moderadamente livres, ou seja somos livres, mas somos também
condicionados física e mentalmente por diversos factores.
Ricardo
Pereira nº18 11ºD
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