quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Democracia


“A garantia do voto universal é suficiente para podermos dizer que vivemos em Democracia”

Se tivermos em consideração a definição de Democracia – “regime governamental em que o poder de tomar importantes decisões políticas cabe as cidadãos, directa ou indirectamente  por meio de eleições, de forma a eleger um representante do povo.”, podemos talvez cair na tentação de dizer que de facto vivemos em Democracia. Porém, a Democracia não se resume a uma simples definição, na medida em que este é um conceito originário da Grécia Antiga onde se proclamava a noção de uma comunidade política na qual todas as pessoas têm o direito de participar e intervir nos processos políticos, ou de debater e decidir políticas, juntamente com a acepção de que todos os direitos são universalizados a partir dos princípios da liberdade de expressão e dignidade humana.
Hoje em dia sabemos que, apesar de vivermos num país considerado democratizado, nem sempre a ideia de “democracia” está integralmente presente, sobretudo quando  nos referimos ao voto universal – “direito ao voto, a todos os indivíduos com mais de 18 anos”.
Nos dias que correm, o grande problema da Democracia é a forma perversa como se condiciona o voto universal, voto este que é secreto. Mas esse secretismo do voto vai contra a liberdade de expressão enunciada na definição de Democracia e tanto quanto é possível imaginar, se realmente vivêssemos numa sociedade dita “democratizada” então o acto de votar poderia até ser feito de “braço no ar” e sem qualquer tipo de repreensão por parte da sociedade.

Bernardo Santos, Nº6 12ºD

Sem comentários:

Enviar um comentário