“A garantia do voto
universal é suficiente para podermos dizer que vivemos em Democracia”
Se tivermos em consideração a definição de Democracia – “regime governamental
em que o poder de tomar importantes decisões políticas cabe as cidadãos, directa ou indirectamente por meio de eleições, de forma a eleger um representante do
povo.”, podemos talvez cair na tentação de dizer que de facto vivemos em
Democracia. Porém, a Democracia não se resume a uma simples definição, na
medida em que este é um conceito originário da Grécia Antiga onde se proclamava
a noção de uma comunidade política na qual todas as pessoas têm o direito de
participar e intervir nos processos políticos, ou de debater e decidir
políticas, juntamente com a acepção de que todos os direitos são
universalizados a partir dos princípios da liberdade de expressão e dignidade
humana.
Hoje em
dia sabemos que, apesar de vivermos num país considerado democratizado, nem
sempre a ideia de “democracia” está integralmente presente, sobretudo quando nos referimos ao voto universal – “direito ao
voto, a todos os indivíduos com mais de 18 anos”.
Nos dias
que correm, o grande problema da Democracia é a forma perversa como se
condiciona o voto universal, voto este que é secreto. Mas esse secretismo do
voto vai contra a liberdade de expressão enunciada na definição de Democracia e
tanto quanto é possível imaginar, se realmente vivêssemos numa sociedade dita
“democratizada” então o acto de votar poderia até ser feito de “braço no ar” e
sem qualquer tipo de repreensão por parte da sociedade.
Bernardo Santos, Nº6 12ºD
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