Ovídio acaba por relatar toda a etapa de criação e desenvolvimento primário
do mundo. Iniciando-se pelo desagregar da terra, do céu e do mar, dado o
planeta se encontrar em desequilíbrio sendo que estas três grandes
forças, encontravam-se em combate. Mais à frente, aquando de toda uma conclusão
da formação da Terra, surgiu a necessidade de um ser particularmente mais
inteligente, suficientemente habilitado para gerir todos os restantes no
planeta, aparecendo deste modo o Homem. O nascer deste começa-se
por denominar “idade de ouro”, na qual o mal era simplesmente
inexistente, onde tudo se desenrolava da melhor forma e mais perfeita possível.
Contudo, o mal começou a vir ao de cima, sendo que a perfeição acabou
por se desvanecer, iniciando-se na “idade da prata” e terminando na “idade do ferro”.
Estes materiais foram escolhidos por esta forma cronológica fazendo
uma metáfora com a sua proporção existencial de hoje em dia, sendo
que, o metal mais raro, o ouro, é o mais valioso, e o ferro, o mais comum, o
menos.
A relação com Os Lusíadas remete para a “idade do
ouro”, que como explicado anteriormente, é uma altura em que o mal não existe,
quando tudo se desenvolve na perfeição, quando as paisagens são belas, entre
outros impossívelmente melhores aspectos. Isto acontece particularmente
durante o episódio da “ilha dos amores”, no qual é possível identificar uma
descrição inimaginável, pelo lado positivo, da ilha, não tendo sido
notada nenhuma existência de sentimento de mal, seja em quem for, no
momento lá na ilha presente.
Tiago Oliveira, nº22, 12ºD
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