domingo, 7 de outubro de 2012

Será o direito ao voto universal suficiente para afirmarmos que vivemos em democracia?

         O voto universal é uma condição necessária, mas não suficiente para podermos afirmar que vivemos numa democarica.
        A democracia é um sistema político que assenta nos princípios de igualdade e liberdade. É por isto que o voto universal é um condição necessária, mas não é suficiente para assegurar esses princípios pois os candidatos são limitados e podemos não concordar com nenhum. A partir  do momento em que um candidato é eleito pode impôr as leis que condicionem, não directamente, pois há uma constituição a respeitar, mas indirectamente os princípios de liberdade e igualdade que devem fazer parte da vida de todos.
        Outro aspecto, importante para referir, especialmente em Portugal, são os favores alheios. Por exemplo: Se eu for a um hospital ou um centro de saúde e conhecer lá alguém, consigo ser atendido primeiro que os outros. Outro exemplo: Se eu conhecer alguém numa empresa onde há uma oportunidade de emprego, eu conseguiria o emprego mesmo não sendo o melhor candidato. Em ambos os casos, a igualdade está a ser posta em causa, pois eu, não sendo mais que os outros, teria que esperar pela minha vez para ser atendido e deveria ir à entrevista de trabalho normalmente, sem cunhas e ver se conseguiria o emprego. Se verdadeiramente houvesse igualdade, a maneira de nos distinguirmos seria através do mérito, mas no segundo caso isso é uma coisa, à qual, não deram valor nenhum. Ainda no segundo caso, ficando eu com o emprego, a minha liberdade ficaria condicionda, pois embora a pessoa que eu conhecia na empresa diga que estava a fazer aquilo por ser amiga, a nossa relação nunca é a mesma pois eu vou pensar que estou sempre em dívida para com ela.
        Só poderíamos afirmar que vivemos numa democracia quando entendermos que as pessoas não são objectos ou números e quando a forma de nos distinguirmos for pelo mérito pois só assim será possível aplicar os princípios de igualdade e liberdade.
 
Mark Alexandre Vaz nº17 12ºD

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