O voto universal é uma condição necessária,
mas não suficiente para podermos afirmar que vivemos numa democarica.
A
democracia é um sistema político que assenta nos princípios de igualdade e
liberdade. É por isto que o voto universal é um condição necessária, mas não é
suficiente para assegurar esses princípios pois os candidatos são limitados e
podemos não concordar com nenhum. A partir
do momento em que um candidato é eleito pode impôr as leis que
condicionem, não directamente, pois há uma constituição a respeitar, mas
indirectamente os princípios de liberdade e igualdade que devem fazer parte da
vida de todos.
Outro
aspecto, importante para referir, especialmente em Portugal, são os favores
alheios. Por exemplo: Se eu for a um hospital ou um centro de saúde e conhecer
lá alguém, consigo ser atendido primeiro que os outros. Outro exemplo: Se eu
conhecer alguém numa empresa onde há uma oportunidade de emprego, eu conseguiria
o emprego mesmo não sendo o melhor candidato. Em ambos os casos, a igualdade
está a ser posta em causa, pois eu, não sendo mais que os outros, teria que
esperar pela minha vez para ser atendido e deveria ir à entrevista de trabalho
normalmente, sem cunhas e ver se conseguiria o emprego. Se verdadeiramente
houvesse igualdade, a maneira de nos distinguirmos seria através do mérito, mas
no segundo caso isso é uma coisa, à qual, não deram valor nenhum. Ainda no
segundo caso, ficando eu com o emprego, a minha liberdade ficaria condicionda,
pois embora a pessoa que eu conhecia na empresa diga que estava a fazer aquilo
por ser amiga, a nossa relação nunca é a mesma pois eu vou pensar que estou
sempre em dívida para com ela.
Só
poderíamos afirmar que vivemos numa democracia quando entendermos que as
pessoas não são objectos ou números e quando a forma de nos distinguirmos for
pelo mérito pois só assim será possível aplicar os princípios de igualdade e
liberdade.
Mark Alexandre Vaz nº17 12ºD
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