sábado, 20 de outubro de 2012


Os Lusíadas, Canto V (26.36) - Episódio de Fernão Veloso

Após um imediato desembarque, os tripulantes dispersam-se, ansiosos de ver coisas novas numa terra que nunca tinha sido descoberta. Vasco da Gama, fica na praia com os pilotos, afim de marcar, tomando com a altura do sol, este ponto do mundo nas cartas geográficas. Verificou-se que já estava ultrapassado o trópico de Capricórnio e se encontravam entre este e o círculo polar antárctico  região desconhecida ao mundo. Vasco da Gama, rodeado dos seus companheiros, vê chegar um estranho, de pele negra, que os portugueses capturaram, quando ele estava a colher mel nos favos da montanha. O individuo vinha aterrorizado, como pessoa que nunca se vira em tal situação. Não era perceptível o que ele dizia, bem como não, os portugueses, entendia. Parecia mais selvagem que o bruto Polifemo. A ele lhe mostraram ouro, prata e a quente especiaria, não tendo nada disso o impressionado. Vasco da Gama manda-lhe mostrar coisas sem valor: contas transparentes, guizos  um barrete encarnado, agradando-lhe isso muito. Foi mandado soltar, com todos esses objectos, regressando á sua próxima povoação. No dia seguinte, os nativos vêm procurar peças iguais, mostrando-se já tão dóceis e familiarizados que Fernão Veloso se atreveu a ir ver como moravam, penetrando com eles, pelo mato. Veloso, confiando na sua força, julga-se seguro. Passado algum tempo, Vasco da Gama olhava ao longe a fim de avisar algum sinal dele, quando de súbito, ele aparece correndo para o mar, velozmente  O batel de Nicolau Coelho foi rapidamente recolhe-lo. Contudo, antes de o poder fazer, um negro atirou-se sobre Fernão Veloso, afim de lhe impedir o embarque. Outros se lançam sobre ele. Este aflito e sem ajuda, faz com que Vasco da Gama reme com força, vendo simultaneamente um grande bando negro. Ao mesmo tempo, segue-se uma nuvem de pedras e setas, ferindo Vasco da Gama numa perna. Sendo o retorno uma devida resposta, acertando-lhes em vários locais do corpo, avistando-se sangue. Recolhendo-se agora às naus, já com Fernão a salvo, entenderam que daquele gente não necessitavam, encontrando-se assim a si mesmos, ainda muito longe da Índia  Já na nau, um companheiro de Veloso diz que aquele outeiro é mais fácil de descer do que subir, ao mesmo tempo que sorriam todos. Fernão Veloso concorda, dizendo que se apressou por se lembrar que os colegas na praia estavam sem ele. Fernão contava que, após um certo momento, foi ameaçado de morte caso não voltasse para trás. Veloso, fê-lo, não tentando uma teórica emboscada sobre os portugueses quando estes o fossem buscar.

Tiago Oliveira, nº22, 11ºD

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