Ovídio descreve a criação do mundo. Começa pela separação da terra, do céu e
do mar pois o planeta encontrava-se em desiquilíbrio e estes três estavam em
disputa. Depois de concluída a formação da Terra foi necessária a criação de um
ser mais inteligente, capaz de reger os outros, nascendo assim o homem.
Com o nascer do homem começa-se
por referir a idade de ouro, em que
não havia o mal, corria tudo bem e era tudo perfeito. Mas o mal começou a vir
ao de cima, e a perfeição acabou por desaparecer começando pela idade de prata
até à idade de ferro.
Mas que relação tem isto com Os
Lusíadas?
A principal relação é a idade de
ouro, mas antes de falar sobre isso queria referir a primeira frase do texto: “Ó deuses, inspirai a minha empresa (pois vós a
mudastes também), e conduzi ininterrupto o meu canto…”. Pede-se aqui, inspiração
aos deuses, o que me faz lembrar de quando os portugueses necessitaram da ajuda
dos mesmos nomeadamente no episódio da tempestade mas a verdade é que, foi também
devido aos deuses que eles necessitaram dessa ajuda porque foi Baco,
principalmente, que “atirou” a tal tempestade aos portugueses (“pois vós a
mudastes também”).
Mas, como já tinha referido, a
principal relação é a idade de ouro, que é uma altura em que não há o mal, corre
tudo maravilhosamente bem, as paisagens são belas e é tudo perfeito, irreal aos
nosso olhos. Isto acontece também no episódio da ilha dos amores, no qual
podemos indentificar uma descrição belíssima da ilha e não há um único
sentimento de mal tanto nos soldados portugueses como nas ninfas.
Mark Alexandre Vaz nº17 12ºD
Sem comentários:
Enviar um comentário